Em comunicado, a Associação de Imprensa de Portugal (API), uma vez terminada a aprovação do Orçamento de Estado, reconhece que a luta que tem vindo a protagonizar na defesa de melhores e mais eficazes apoios do Estado à Imprensa em Portugal teve agora alguns avanços significativos.
Para a API, esta luta foi iniciada em novembro passado, com o discurso do Presidente da República nos Prémios Gazeta e, conforme é referido no comunicado agora divulgado, «o resultado dessa luta ficou longe de podermos dizer que se vai iniciar um novo ciclo de relacionamento com o poder politico, mas o facto é que, pela primeira vez nos últimos 20 anos, a maioria dos partidos na Assembleia da Republica apresentou propostas concretas de novos apoios, todas elas baseadas nas propostas que as Associações de Imprensa vêm apresentando e que têm como principal finalidade sustentar as edições de papel para encontrar o modelo de negócio no mundo digital (que não será só nacional, terá de ser, no mínimo, regional – Europa)».
No documento, a API considera ainda que a gestão dos apoios do Estado a partir de agora ficou mais fácil, pois foi aprovada a proposta do PSD que determina que o Governo terá de fazer o despacho orientador dos apoios em Abril de cada ano; que a também aprovada diminuição do valor máximo de não aplicação da lei das campanhas de publicidade institucional do Estado (desceu de 15.000€ para 5.000€) vai tornar mais efetiva a chegada deste investimento à Imprensa regional e local e salienta igualmente a aprovação da proposta do PAN que obriga o Governo a realizar este ano um estudo sobre as necessidades e constrangimentos das empresas de media em Portugal, que vai permitir á Associação apresentar, mais uma vez, os seus pontos de vista.
A API deixou ainda «uma palavra final de reconhecimento a todos os editores que apoiaram a luta publicando noticias, artigos de opinião ou escrevendo aos deputados e aos grupos parlamentares, ações que contribuíram muito para que o resultado, sendo limitado, tem, no entanto, uma forte participação parlamentar, pois de outra forma não teria sido possível que fossem aprovadas alterações ao OE que traduzem propostas das Associações e que tiveram o voto contra do Partido Socialista».
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