A receita terá sido tornada pública em 1834, com a extinção das ordens religiosas em Portugal, no contexto da consolidação do Liberalismo no país.
Uma das especialidades mais populares da doçaria portuguesa, os pastéis de nata saboreiam-se em pastelarias de todo o país e de portugueses por todo o mundo, mas terá sido em Lisboa que foram criados. O segredo da receita é atribuído aos clérigos do Mosteiro dos Jerónimos, mas não é necessária autorização católica para se replicar a receita.
Ingredientes:
Para a massa folhada – 500 g de farinha; 500 g de manteiga ou de margarina para folhados; 2 dl a 3 dl de água; sal
Para o creme – 5 dl de natas; 8 gemas; 2 colheres das de chá de farinha; 200 g de açúcar; casca de limão
Preparação:
Derrete-se o sal na água morna e divide-se a gordura em três partes iguais. Coloca-se a farinha sobre a mesa de pedra, faz-se uma cova ao centro e deita-se aí a água. Amassa-se a mistura até ficar homogénea e deixa-se descansar cerca de 20 minutos.
Em seguida, estende-se a massa de forma a obter-se um quadrado. Amassa-se um pouco a gordura de modo a ficar com a consistência de massa. Barra-se com uma terça parte da margarina toda a massa, deixando por barrar uma tira com a largura de um dedo, em toda a volta do quadrado.
Dobra-se a massa de baixo para cima e da esquerda para a direita, tendo como principal cuidado a perfeição do ajustamento das pontas e dos lados. Estende-se a massa com um rolo até formar novamente um quadrado. Barra-se de novo com o segundo terço da gordura e procede-se do mesmo modo. Repete-se a operação com a restante gordura.
Finalmente, estende-se a massa o mais fina possível e corta-se em tiras. Enrolam-se de modo a obterem-se rolos compridos. Cortam-se em bocados de 2 cm a 3 cm.
Coloca-se ao alto cada bocado de massa nas formas de pastéis e, com a ajuda do dedo polegar, ligeiramente molhado em água, esmaga-se a massa forrando as formas.
Entretanto, prepara-se o creme misturando todos os ingredientes indicados. Leva-se a mistura ao lume até levantar fervura. Retira-se do calor e, quando estiver morno, deita-se nas caixas de massa. Levam-se a cozer em forno muito quente (250ºC a 300ºC).
Ao servir, podem ser polvilhados com canela e açúcar em pó.
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