O primeiro-ministro, António Costa, saudou a nomeação de José Tolentino de Mendonça como cardeal pelo papa Francisco, classificando o português como «um dos mais qualificados vultos da Igreja».
O Papa Francisco anunciou ontem, após o angelus, que o arcebispo português Tolentino de Mendonça vai ser nomeado cardeal em 05 de outubro, data em que está marcado o consistório para a criação dos novos cardeais.
O madeirense de 53 anos, torna-se no segundo membro mais jovem do colégio cardinalício, após o cardeal da República Centro-Africana Dieudonné Nzapalainga, de 52 anos.
«Saudamos a designação de D. José Tolentino de Mendonça como cardeal. Trata-se de um dos mais qualificados vultos da Igreja e de uma personalidade cimeira da cultura portuguesa. É também um dos melhores pensadores sobre o potencial da nossa Diáspora», afirmou António Costa, numa mensagem publicada na rede social Twitter.
Horas antes, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que a nomeação de Tolentino de Mendonça como cardeal traduz o «reconhecimento de uma personalidade ímpar», assim como a presença da Igreja Católica na sociedade portuguesa.
«O Presidente da República manifesta o mais profundo jubilo pela elevação do senhor Dom José Tolentino de Mendonça ao cardinalato, traduzindo o reconhecimento de uma personalidade ímpar, assim como da presença da Igreja Católica na nossa sociedade, o que muito prestigia Portugal», lê-se numa nota publicada na página da internet da Presidência da República.
Marcelo Rebelo de Sousa sublinha ainda a «excecional relevância» de Tolentino de Mendonça como «filósofo, pensador, escritor, professor e humanista», recordando que o convidou para presidir às comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em 2020.
De acordo com a mesma nota, o Presidente da República adianta que tenciona estar presente na cerimónia de imposição do barrete cardinalício.
Em 26 de junho de 2018, o vice-reitor da Universidade Católica e diretor da Faculdade de Teologia, José Tolentino de Mendonça, foi indigitado como arquivista e bibliotecário do Vaticano, cargo para o qual lhe foi atribuído o título de arcebispo.
Tolentino de Mendonça ficou a tutelar a mais antiga biblioteca do mundo, substituindo Jean-Louis Bruguès, que assumiu o cargo em 2012.
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