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As mercearias portuguesas em Bruxelas a dar luta ao coronavírus

Novembro 22, 2020
em Comunidades
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As mercearias portuguesas em Bruxelas a dar luta ao coronavírus

Quando os grandes negócios estão a ir por água abaixo, a meia dúzia de mercearias na capital belga conquista clientes, mesmo com distanciamento social e máscaras.

A Nova Primavera fica numa área, na comuna de Ixelles, onde são muitas as referências a Portugal, com os restaurantes, snack-bars e cafés como o Cambalhotas, o Pessoa, o Mondego, o Artista, todos agora com as persianas corridas.

É a zona ideal para saudosismos, numa cidade onde a comunidade não é das mais representadas. Na Flagey, uma das mais conhecidas e cosmopolitas praças da capital belga, a menos de 500 metros da Nova Primavera, instalou-se há anos a estátua de Fernando Pessoa, a marcar território com o slogan “A minha Pátria é a língua portuguesa”, traduzido em outros dois idiomas: francês e flamengo. No passado sábado, um brincalhão atualizou a imagem do poeta austero com uma copa de soutien a fazer de máscara. É o Pessoa já a sobreviver aos tempos da pandemia, a adaptar-se. E é isso o que as mercearias portuguesas de Bruxelas fizeram enquanto durou o confinamento. Mas mais do que se adaptarem ou sobreviver, em tempos de crise as lojas portuguesas prosperaram.

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O casal João e Isabel Furtado comprou em 1998 aquela que se acredita ser a mais antiga mercearia portuguesa em Bruxelas. “O Rui Fernandes, do Luxemburgo, abriu lá uma mercearia em 1970, chamada Primavera e abriu esta aqui, em 1978”, conta João Furtado. Vinte anos depois, com a compra, o casal refrescou o nome do estabelecimento para Nova Primavera e o negócio foi crescendo. “Sempre tivemos muito trabalho, temos produtos de qualidade e não nos podemos queixar”, diz João Furtado, um nativo da vila alentejana Campo Maior e há 38 anos a viver em Bruxelas. A fruta, diz, é toda portuguesa, selecionada. As laranjas são do Algarve, as bananas da Madeira e o ananás é dos Açores. São cerca de 2.500 produtos, essencialmente de marcas portuguesas, e 400 vinhos e bebidas das várias regiões. Produtos esses que, mesmo com as fronteiras fechadas, nunca desocuparam as prateleiras. “Tivemos uma falta de farinhas durante uma semana, mas foi resolvido num instante”, recorda o proprietário da Nova Primavera. Durante os últimos dois meses, estando os estabelecimentos de restauração sem poder vender bicas, a venda de café em cápsulas teve um crescimento exponencial.

Com o fecho de todo o comércio não essencial decretado pelo governo belga a 14 de março, as pequenas mercearias acabaram por beneficiar de vários fatores cruzados, o que permite fazer um balanço: “O negócio não sofreu com o fecho, até está melhor”, sustenta João Furtado. “Temos muitos clientes do Parlamento, pessoas que viajam muito e que deixaram de o fazer, e como toda a gente comia mais em casa, acabámos por vender mais”.

80% da clientela da Nova Primavera é portuguesa, estima Isabel Furtado, enquanto dá resposta a António da Rosa Tomás, um cliente alentejano, emigrante de longa data e que conta ter sido chofer de um homem riquíssimo e ter chegado a conduzir o Rei Balduíno. Numa casa portuguesa, os clientes gostam de permanecer e dar dois dedos de conversa, mesmo com distanciamento social e máscara. Mas isso agora só é possível nos dias menos intensos, porque aos sábados, com os novos protocolos de segurança, o cliente abastece e sai.

Não muito longe, a Delícias de Portugal, apela a clientes belgas, portugueses e brasileiros com as bandeiras dos três países chapadas na montra. Cá fora, uma fila de gente de máscara, espera o privilégio de entrar. Tânia Barbosa, gerente da loja, reconhece que a pandemia melhorou o negócio. “Os mesmos clientes compram mais, outros vinham adquirir só um ou dois produtos e passaram a comprar tudo e também houve muitos novos clientes belgas que com a dificuldade de se deslocarem e de irem aos supermercados agora preferem o pequeno comércio”, explica a gerente que há sete anos veio investigar se podia ter uma vida melhor na Bélgica e ficou. O pequeno comércio, numa época de incerteza, parece um porto mais seguro. Tânia Barbosa acredita que depois de o susto passar, as pessoas vão continuar a preferir a mercearia da esquina.

A única dificuldade que a covid-19 trouxe para o negócio é a irritabilidade, sobretudo dos portugueses mais idosos, que, diz Tânia Barbosa, “andam muito stressados”, e um maior rigor na higiene. Limpar os vidros das arcas refrigeradoras com frequência e o desinfetar o teclado do multibanco a cada uso tornou-se rotina.

A Saveurs du Portugal tem porta aberta há mais de um quarto de século numa zona residencial muito belga, na comuna de Woluwe-Saint-Lambert, e por isso apresenta-se com um nome francês, mas o verde, o vermelho e o amarelo das letras não enganam mesmo quem não saiba ler. Se não for isso, há um galo de Barcelos e uma torre de Belém na montra. Mas mesmo que todas estas indicações não cheguem, entra-se numa mercearia portuguesa e lá dentro o estrangeiro acaba. Como se atravessássemos um portal, de repente estamos seguros em território conhecido, com os cheiros dos croquetes e dos rissóis, as cores das embalagens, as vozes conhecidas.

A Saveurs du Portugal é um negócio familiar, atualmente na mão de três irmãos, jovens adultos que receberam a mercearia de herança. Tiago Dias, de 27 anos, é um desses proprietários e reconhece que “os meses de março e abril foram ótimos”. Nos primeiros dias do confinamento “era menos clientes com um resultado de caixa maior”, o que significa que os clientes estava a sucumbir ao medo de que houvesse falta de produtos e a comprar em excesso.

Os clientes do “Sabores de Portugal” são na maioria portugueses, “muitos que trabalham nas instituições europeias, porque estamos perto”, explica Tiago Dias, mas também belgas residentes no bairro. É um negócio estável, com um público fiel que aplaude a qualidade dos salgadinhos e dos pratos “à emporter” que a mercearia fornece desde sempre.

Em Bruxelas, uma cidade com mais de um milhão de habitantes, haverá menos de uma dúzia de mercearias portuguesas, avalia João Furtado, o dono da Nova Primavera. Mas se estes pequenos negócios pontuam muito escassamente a malha urbana da capital da União Europeia, os cafés, snacks e restaurantes são muito mais abundantes e destinam-se a satisfazer as necessidades de encontrar conterrâneos e de matar saudades da feijoada e das pataniscas. João Furtado salienta que estes pequenos estabelecimentos portugueses conseguiram navegar bem na crise, com vendas para fora, poupando até as despesas de ter uma sala aberta.

Mas se há referência na área da restauração portuguesa em Bruxelas, ela vem da pastelaria nacional e sobretudo do famoso pastel de nata. São duas as “marcas” que se impõem: O Forcado – com casas nas zonas nobres, uma no Châtelain, e outra em Uccle – e a velha Pastelaria Garcia, perto da Praça Flagey, em frente à Casa do Benfica, e em território que quase se pode chamar de “petit Portugal”.

Joaquim Braz de Oliveira chegou a Bruxelas em 1971 como exilado político. Em 1982 abriu um restaurante, o Forcado, que teria referência nos principais guias internacionais e seria frequentado por embaixadores. Ao fim de 22 anos, conta, “teve um burnout, devido à dureza da restauração”. Vendeu tudo e abriu ao lado, em 2004, uma casa, com o mesmo nome, onde pôde dar rédea solta à “paixão da pastelaria”. Embora tenha há seis anos passado a gestão da pastelaria ao filho e a um amigo, continua a ser “a imagem da casa” e a criar bolos portugueses a partir de receitas antigas que pesquisa, como, por exemplo, o cocó, um bolo criado no século XIX pelo político Rosa Araújo. Durante o ‘lockdown’ na Bélgica, a pastelaria Forcado esteve fechada. “Podíamos ter aberto, mas era impraticável manter o atelier a funcionar para vender pouca coisa”. Há duas semanas começaram a aceitar encomendas através do site e a 11 de maio abriram o balcão para ‘take away’. Começam agora a sair do estado de hibernação.

Foi a pastelaria Garcia, mais popular, e aberta em 1990, a responsável por ter viciado os belgas no pastel de nata. Tem há dois meses a cortina de ferro puxada até a baixo. Rui Garcia, que veio para Bruxelas nos anos 80, à procura de uma vida melhor, fechou a loja porque “com as pessoas em casa ia vender o quê, meia dúzia de pães?”, explica.

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