A paisagem da cultura da vinha da ilha do Pico foi classificada em 2004 como Património Mundial pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, e abrange milhares de pequenos currais de vinha.
A Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) quer criar uma rota do vinho nos Açores, abrangendo as ilhas do Pico, Terceira e Graciosa.
“A Terceira, através de Biscoitos, a Graciosa e o Pico são as ilhas que, neste momento, estão reconhecidas como produtoras de vinho”, afirmou José Arruda, secretário geral da associação, admitindo que há outras ilhas nos Açores onde se produz vinho e o objetivo é que, no futuro, os seus produtores e municípios possam também integrar esta rota.
Representantes da AMPV e da Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal terminaram esta semana um conjunto de reuniões com diversas entidades na região, incluindo a secretária da Energia, Ambiente e Turismo, Marta Guerreiro.
“Desafiámos, através da Secretaria, Comissão Vitivinícola e municípios associados da AMPV, que se avançasse para um grupo de trabalho para constituir uma rota de vinhos nos Açores”, declarou José Arruda.
Segundo o responsável, “a criação de uma rota de vinhos nos Açores, integrada na Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal, tem como grande objetivo a promoção internacional de toda a oferta” da vertente enoturística.
Frisando que as duas entidades querem “dar uma ênfase grande na promoção do enoturismo na região”, José Arruda destacou que “hoje, cada vez mais, há turistas que procuram o tema do vinho e dos territórios para visitar”.
“Queremos dar a esses [turistas] a oportunidade de conhecerem a oferta enoturística nos Açores”, referiu.
O secretário-geral acrescentou que o objetivo é implementar a rota este ano, aproveitando o facto de a Madalena, na ilha do Pico, ser a Cidade Portuguesa do Vinho 2017.
“A nossa proposta é aproveitar este ano, em que vão ser desenvolvidas muitas iniciativas no âmbito da candidatura da Madalena, para criar a rota”, informou, exemplificando que no dia 11 de março naquele concelho decorre a gala de abertura Cidade Portuguesa do Vinho 2017, onde vai estar uma delegação de 70 pessoas do continente, incluindo 25 presidentes de câmara.
A iniciativa Cidade do Vinho surgiu em 2009, pela mão da Associação de Municípios Portugueses do Vinho, criada dois anos antes.
Segundo o sítio na Internet da AMPV, o projeto Cidade do Vinho visa “valorizar a riqueza, a diversidade e as características comuns dos territórios associados à cultura do vinho e de todas as suas influências na sociedade, na paisagem, na economia, na gastronomia e no património”, e pressupõe a elaboração de um programa anual de ações culturais, de formação e de sensibilização ligadas ao vinho, com visibilidade nacional.
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