A atriz Vitalina Varela, protagonista do filme com o mesmo nome do realizador português Pedro Costa, foi distinguida na Suíça com o Prémio Boccalino d’Oro para melhor atriz.
O Boccalino d’Oro é um prémio paralelo ao Festival Internacional de Cinema de Locarno, entregue por um júri independente, tendo sido criado por um grupo de programadores e cineastas no ano 2000.
O filme ‘Vitalina Varela’, de Pedro Costa – que fez a estreia mundial no festival de Locarno, na quarta-feira – tem recebido vários elogios da crítica de cinema a nível mundial.
Num vídeo divulgado pela Optec Filmes sobre a entrega do Prémio Boccalino d’Oro para Melhor Atriz a Vitalina Varela, na sexta-feira, o porta-voz do júri descreve-a como «uma grande atriz, que não se esquece que é mulher».
«Sofia Loren, Marlene Dietrich eram atrizes e divas. Vitalina Varela é atriz e mulher», disse, na entrega da distinção à protagonista, perante uma audiência onde se encontrava também Pedro Costa.
O realizador, que recebeu em 2014 o prémio de melhor realização com ‘Cavalo Dinheiro’, regressou ao festival com este novo filme sobre uma mulher cabo-verdiana que chegou a Portugal em 2013, três dias depois da morte do marido.
Pedro Costa conheceu Vitalina Varela quando rodava “Cavalo Dinheiro”, acabando por incluir parte da história dela na narrativa, mas o novo filme é totalmente dedicado a esta cabo-verdiana de 55 anos.
‘Vitalina Varela’ é a história de uma mulher que viveu grande parte da vida à espera de ir ter com o marido, Joaquim, emigrado em Portugal. Sabendo que ele morreu, Vitalina Varela chegou a Portugal três dias depois do funeral dele, segundo uma sinopse da produtora Optec Filmes.
Desde a estreia, o filme já recebeu vários elogios da crítica a nível mundial, nomeadamente do Hollywood Reporter, que o descreve como “um épico intimista” e “trágico”, considerando que esta nova longa-metragem irá colocar Pedro Costa “num novo patamar de ambiente, forma e narrativa” cinematográfica.
O portal Indie Wire, por seu lado, definiu ‘Vitalina Varela’ como mais uma “visão arrebatadora e magistral de Pedro Costa”.
Por seu turno, o sítio online LesInrocks, da revista francesa Les Inrockuptibles, descreve a obra do realizador português como um projeto “entre o documentário e o retrato íntimo”, num ambiente que “intriga pela aridez e beleza plástica”.
Este filme de Pedro Costa estará ainda em competição, em setembro, no Festival de Cinema de Toronto, no Canadá, e será apresentado no 57.º Festival de Cinema de Nova Iorque, nos Estados Unidos.
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