Segundo o cardiologista, a bebida tem “um efeito positivo no humor das pessoas” e pode contribuir para “um aumento da esperança de vida”.
O cardiologista Polybio Serra e Silva recomenda o consumo moderado de café e enaltece as suas propriedades na prevenção de algumas doenças, num livro apresentado ontem, em Coimbra.
Aos 88 anos, o professor jubilado e antigo médico dos Hospitais da Universidade de Coimbra chega a tomar seis cafés por dia – o que reconhece ser excessivo -, mas sugere que uma pessoa pode beber quatro.
“Chego a levantar-me de noite para fazer um café, que me faz dormir melhor”, revelou, antes do lançamento do livro “Um Poético Cafezinho”, em que o autor, presidente do conselho científico da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), disserta, em verso e com bom humor, sobre as virtudes da bebida quente, ao longo de 144 páginas.
A obra é “toda virada para a prevenção” de problemas de saúde, designadamente ao nível das doenças cardiovasculares, disse à Lusa.
Com este livro, o também presidente da Delegação Centro da FPC quer ajudar a “acabar com o mito de que o café faz mal” e realça que o seu consumo moderado “pode prevenir” o cancro da mama e do colo do útero, bem como as doenças de Alzheimer e de Parkinson, entre outras.
“A maioria das pessoas está convencida de que o café faz mal à saúde e faz subir a tensão arterial”, ideia negada pelo cardiologista, que toma a bebida sem açúcar, desafiando os consumidores a beberem o café sem aditivos, a fim de “apreciarem todas as suas qualidades”.
Numa passagem da obra, o médico reformado assegura que “beber café não é fútil/quando ingerido com calma/sendo um hábito útil/para o corpo e para a alma”.
O café deve ser simples, “espesso, escuro e amargo”. Com açúcar, “é um crime”, afirmou à agência Lusa.
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