O Estado português fez-se representar ao mais alto nível, com a presença do primeiro-ministro e do Presidente da República, ao lado do Presidente francês Emmanuel Macron, nas cerimónias que assinalaram o centenário da Batalha de La Lys, uma pesada derrota militar que vetou ao esquecimento os milhares de militares portugueses que combateram na Flandres.
A cerimónia no cemitério militar português de Richebourg, no norte de França, marcou o ponto alto das comemorações que assinalaram os 100 anos decorridos sobre a Batalha de La Lys, travada em 9 de abril de 1918, em plena I Guerra Mundial.
Na madrugada desse dia, oito divisões alemãs, com cerca de 100 mil homens e apoiadas por mais de mil peças de artilharia, avançaram sobre uma frente que se estendia por cerca de 40 quilómetros guarnecido pelo Corpo Expedicionário Português, constituído por duas divisões e cerca de 20 mil homens.
Os portugueses perderam praticamente metade das suas forças e ficaram reduzidos a pouco mais de uma divisão, tendo registado cerca de 400 mortos, 4600 feridos, 2000 desaparecidos e mais de sete mil prisioneiros. Este é um assunto sobre o qual se fez uma mancha de silêncio, as versões dos acontecimentos e os números variam muito, mas inegavelmente foi o momento mais sangrento do Corpo Expedicionário Português na I Guerra Mundial. A única verdade que ninguém pode esconder é que as forças portuguesas foram trucidadas, mas resistiram tempo suficiente para permitir aos aliados reforçar a e suster a ofensiva dos alemães.
Leia o artigo na íntegra na edição de maio da Revista PORT.COM.
SUBSCREVER NEWSLETTER
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail de segunda a sexta