Os dias na Terra estão a ficar mais longos à medida que a órbita abranda, concluiu uma equipa de investigadores britânicos.
A cada século que passa, os dias aumentam 1,8 milissegundos. Contas feitas, uma equipa de investigadores britânicos revelou recentemente ao jornal The Guardian que, num futuro longínquo, mais concretamente daqui a dois milhões de séculos, um dia vai mesmo ter aquela hora extra que tantas vezes gostaríamos de ter.
Uma estimativa “aproximada”, sublinha Leslie Morrison, um dos investigadores, uma vez que as forças geofísicas que influenciam a Terra podem não se manter constantes num período de tempo tão dilatado.
“É um processo muito longo”, afirma o astrónomo, adiantando que a órbita da Terra está a abrandar a um ritmo mais lento do que inicialmente pensavam os investigadores.
O estudo, feito em conjunto pela Durham University e pelo Gabinete Náutico Almanac, concluiu que a maior influência para a desaceleração da velocidade de rotação do planeta é a atração gravitacional da Lua e do Sol, que causa as marés. Enquanto a velocidade da rotação da Terra desacelera, a órbita da Lua cresce 4 centímetros por ano.
Os cálculos foram depois comparados com os registos dos antigos babilónios, chineses, gregos, árabes e europeus medievais. Os investigadores encontraram discrepâncias entre o local onde, pelas suas contas, os eclipses teriam sido observados e onde realmente foram.
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