O projeto europeu de investigação para estudar o fenómeno de envelhecimento cardiovascular e desenvolver terapias, conta com um financiamento de 2,5 milhões de euros e liderado pela Universidade de Coimbra (UC).
A investigação, identificada por ERA@UC, tem “um financiamento de 2,5 milhões de euros, atribuído pelo programa European Research Area (ERA Chair) a investigadores de todo o mundo com mais e melhores resultados, qualificações, experiência, com capacidade de atrair e gerir recursos, pessoas e de estabelecer redes internacionais”, afirma a UC, numa nota de imprensa.
Trata-se de um projeto “diferenciador no capítulo da inovação, pois pretende estudar o processo de envelhecimento cardiovascular, utilizando tecidos derivados de células estaminais, e pelo conjunto de técnicas e metodologias que serão utilizadas para investigar o envelhecimento sob o ponto de vista fisiológico e patológico”, sustenta Lino Ferreira, investigador principal do ERA@UC (Enhancing Research in Ageing at the University of Coimbra).
“A equipa do ERA Chair estará ainda envolvida na formação pós-graduada em programas a decorrer na Universidade de Coimbra e na translação das tecnologias que serão geradas no projeto”, acrescenta o investigador coordenador da Faculdade de Medicina da UC (FMUC) e líder de grupo do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da UC.
Na prática, os investigadores esperam “gerar tecidos humanos em laboratório que possam ser utilizados para estudar o envelhecimento humano e potencialmente identificar fármacos que possam reduzir o fenómeno de envelhecimento”, salienta Lino Ferreira, citado pela UC.
“Por outro lado, pretende-se desenvolver ferramentas para libertar esses fármacos da forma mais efetiva”, adianta o investigador que é também docente da FMUC.
A apresentação pública do projeto está agendada para sábado, às 14H30, no Auditório da Subunidade 3 (Polo III) da FMUC, com a presença do reitor da UC, João Gabriel Silva, e da presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Ana Abrunhosa.