A comunidade internacional, incluindo Portugal, urgiu o regime do Presidente Nicolás Maduro e a oposição a entenderem-se para formar um governo de transição e realizarem eleições presidenciais «livres e justas» na Venezuela.
Num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, o Grupo de Lima, que inclui 12 estados latino-americanos, o Grupo de Contato Internacional, que inclui Portugal, Reino Unido ou a União Europeia, e os EUA, apelaram «a todos os venezuelanos, de todas as tendências ideológicas e afiliações partidárias, civis ou militares, para colocarem os interesses da Venezuela acima da política».
A comunidade internacional defende um processo político «pacífico e inclusivo» interno para estabelecer um governo de transição com representação das diferentes partes para organizar em breve eleições presidenciais «livres e justas», mostrando-se disponível para aliviar as atuais sanções económicas sobre o país.
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As eleições para a Assembleia Nacional, vinca, «por si só não representam uma solução política e, em vez disso, podem polarizar ainda mais uma sociedade já dividida».
A comunidade internacional alerta para a gravidade da situação humanitária, social e política na Venezuela, a qual é agravada pela atual pandemia e o sobrecarregado sistema de saúde pública.
«Apelamos ao fim de todas as perseguições políticas e atos de repressão. Defensores de direitos humanos, atores humanitários, profissionais de saúde, jornalistas, membros de comunidades indígenas da Venezuela, membros da Assembleia Nacional sob a liderança de Juan Guaidó e a população venezuelana em geral enfrentaram o aumento da repressão na Venezuela», acrescenta o comunicado.
Estão marcadas eleições legislativas na Venezuela para 06 de dezembro para eleger 277 deputados à Assembleia Nacional (parlamento), no entanto, 27 organizações, entre elas os quatro maiores partidos da oposição, Ação Democrática, Primeiro Justiça, Vontade Popular e Um Novo Tempo, já anunciaram que não vão participar nas legislativas que, preveem, será «uma fraude».