Ainda são muitos os portugueses que não falam corretamente uma das línguas oficiais da Bélgica e/ou que participam pouco nas eleições locais, refere Pedro Rupio.
O conselheiro das Comunidades Portuguesas eleito na Bélgica, Pedro Rupio, está preocupado com a fraca participação dos portugueses que residem na Bélgica nas eleições locais.
“Para as eleições comunais de 2012, apenas 10% dos portugueses da Bélgica estavam registados nas listas eleitorais. Uma taxa de inscrição bastante baixa em comparação com as outras grandes comunidades estrangeiras do país: 17% para os espanhóis, 20% para os franceses, 30% para os italianos”, exemplificou o conselheiro à Revista PORT.COM.
Na Bélgica, os cidadãos estrangeiros podem votar nas eleições autárquicas mediante o preenchimento de alguns requisitos, nomeadamente da inscrição voluntária nas listas eleitorais antes do dia 31 de julho de 2018. Os cidadãos estrangeiros que estão instalados no país de acolhimento, podem assim ter uma palavra a dizer no que diz respeito à gestão da vida política da localidade onde residem.
É nesse sentido que, a poucos meses do prazo limite das inscrições que permitem votar para as eleições comunais de outubro deste ano, Pedro Rupio lança a campanha no página Facebook Movimento #comunais2018, para centralizar informações de relevo: formulários de inscrição em francês e em neerlandês, gráficos comparativos das taxas de inscrição entre a comunidade portuguesa na Bélgica e outras comunidades estrangeiras, vídeos de incentivo à participação política da comunidade, entre outras informações.
Na página estão 76 grupos, que correspondem a cada uma das 76 comunas envolvidas neste projeto, com o objetivo de mobilizar mais portugueses residentes nessas comunas e incentivá-los a participar no projeto.
“Nas Flandres, a taxa de inscrição da comunidade portuguesa não ultrapassa os 6%. Em Anderlecht, Ixelles e Forest, três comunas de Bruxelas com muitos portugueses, não se atinge os 10% de inscritos. Mas basta observar os dados da Valónia para perceber que a atual situação não é uma fatalidade: em Martelange, Yvoir e Soignies, a taxa de inscrição da Comunidade ultrapassa os 30%”, realça Pedro Rupio.
“Está lançado um repto para o qual cada um de nós pode ser um motor decisivo, qualquer seja a comuna onde estivermos, de norte a sul da Bélgica, para fazermos com que a nossa comunidade seja mais participativa e mais atenta às questões locais do país de acolhimento”, concluiu.
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