Responsável máximo pelo sistema judicial chinês afirmou que a cooperação com os países de língua portuguesa na área judicial ‘está mais forte do que nunca’, numa altura em que Pequim executa um ambicioso projeto internacional.
Zhou Qiang, presidente do Tribunal Supremo Popular da China, participou na abertura de um fórum na cidade de Cantão, sul da China, que reúne os presidentes das instâncias máximas judiciais da China e de Angola, Brasil, Guiné-Equatorial, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tome e Príncipe.
“Desde a implementação [da Nova Rota da Seda], a cooperação judicial entre a China e os países de língua portuguesa tornou-se mais forte do que nunca”, afirmou Zhou Qiang.
Proposta pelo Presidente chinês, Xi Jinping, a “Nova Rota da Seda” consiste num gigantesco projeto de infraestruturas que visa reativar as antigas vias comerciais entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e Sudeste Asiático.
Analistas consideram que a iniciativa, que abrange 65 países e cujo investimento ascende a 900 mil milhões de dólares, pelas contas de Pequim, acarretará um maior entrosamento das autoridades chinesas com os seus homólogos estrangeiros.
Zhou Qiang previu que o fórum “servirá como uma nova plataforma e irá abrir um novo capítulo nos intercâmbios e comunicação no domínio jurídico”.
“O Tribunal Supremo Popular da China está disposto a ter uma cooperação mais prática com os países de língua portuguesa no estudo de casos, treino de juízes, partilha de informação, proteção dos direitos de propriedade intelectual e combate contra crimes transnacionais”, acrescentou.
Zhou assinou ainda um memorando de entendimento de cooperação e intercâmbio no domínio judicial com os seus homólogos de Moçambique e São Tomé e Príncipe e reuniu-se com Sam Hou Fai, presidente do Tribunal de Última Instância de Macau.
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