O objetivo é claro: aumentar o número de visitantes e o consumo turístico na região. Neste sentido, o Governo de Macau jogou na antecipação e lançou um plano para fazer frente à crise pandémica.
A partir de terça-feira, inicia-se o “Plano de alargamento da fonte de visitantes, revitalização da economia e proteção do emprego”.
O plano prevê «proporcionar, através das empresas ligadas ao comércio eletrónico na Internet, benefícios na aquisição de bilhetes de avião, hotéis e de consumo em geral para os visitantes».
O objetivo é atrair mais turistas, incentivar o seu consumo e usufruto, «dos serviços turísticos e de lazer prestados durante a sua estadia no território» e garantir assim «uma nova visita desses clientes», indicaram as autoridades, em comunicado.
O plano prevê «estimular o consumo turístico, prolongar o período de estadia em Macau e expandir a cadeia de consumo, o que beneficiará todos os setores económicos, permitirá a mais estabelecimentos comerciais obterem benefícios no mercado de consumo, impulsionando, assim, a recuperação económica na estabilização do emprego local».
Segundo o Governo de Macau, o plano é feito em cooperação com a Tencent, Alibaba e Air Macau.
«Antes da chegada a Macau, os visitantes poderão participar no sorteio para aquisição de benefícios em hotéis e bilhetes de avião, respetivamente, através da conta oficial da Direção dos Serviços de Turismo», explicaram.
Foram já retomados os vistos turísticos da província de Guandgong, de onde vem a maioria dos jogadores nos casinos, uma medida considerada essencial para a recuperação económica do território, uma vez que as receitas do jogo representam cerca de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) de Macau.
A esmagadora maioria dos visitantes de Macau é proveniente do interior da China. Destes, cerca de metade chega da província vizinha, Guangdong.
Se a situação se mantiver estável em termos de contágios, a China já indicou que planeia autorizar em todo o país a emissão de vistos turísticos para Macau a partir de 23 de setembro.
O número de visitantes em Macau caiu mais de 90% em junho e 83,9% no primeiro semestre, nos primeiros sete meses do ano as perdas dos casinos em relação ao ano anterior foram de 79,8% e a queda do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre foi de 58,2%.
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«Prevê-se que a tendência de abrandamento do PIB seja mantida ainda no segundo semestre do corrente ano», indicou o Governo na mesma nota.
Macau contabilizou 46 casos da doença desde final de janeiro, não tendo registado transmissão comunitária, nem contando atualmente com nenhum caso ativo.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 826 mil mortos e infetou mais de 24,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.