Numa intervenção por “Zoom”, esta terça-feira, na reunião da Câmara de Matosinhos, José Carlos Silva, vogal do conselho de administração da Galp, reafirmou que a refinaria de Matosinhos vai mesmo encerrar. “É um caminho irreversível, que a pandemia acentuou.”
“Foram realizados estudos. Esses estudos não ultrapassaram os constrangimentos. Não há racionalidade económica, nem estratégia para a continuidade da refinação em Matosinhos”, sustentou.
Relativamente ao futuro, afirmou que “qualquer uso a dar ao espaço”, em Leça de Palmeira, “será de base industrial”.
Para os “401 trabalhadores” da refinaria, José Carlos Silva afirmou que “cada caso é um caso”, mas foi adiantando que a empresa “vai manter 60 colaboradores” e a estes há a acrescer a “mobilidade interna, a requalificação e um quadro de reformas”. A “primeira medida”, anunciada, esta terça-feira, passará pela “suspensão da contratação de novos trabalhadores”.
“Em estudo está a integração dos atuais trabalhadores noutras empresas do grupo”, foi adiantado. “Todos serão tratados com respeito”, garantiu.
“É uma decisão complexa e difícil”, justificada por “questões ambientais, transição energética, padrões de consumo, investimentos em curso por empresas na Ásia, quadro fiscal e oportunidades de digitalização”.
José Carlos Silva falou num “caminho irreversível, que a pandemia acentuou, num contexto adverso, sendo que a procura de combustíveis, não vai recuperar nos próximos anos”.
“Esta será a quinta refinaria a declarar o encerramento na Europa”, sublinhou, dizendo que “a refinaria de Matosinhos encontra-se na cauda da Ibéria e até da Europa”.
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