A extensa comunidade portuguesa que reside em Paris é um dos motivos que levou o futebolista a preferir a capital francesa a outras cidades europeias onde era muito desejado, como Manchester, Londres, Milão e Valência.
Desde que há dois anos começou a fazer os primeiros dribles e remates na liga portuguesa, o futuro de Gonçalo Guedes foi sendo apontado a várias cidades com poderosos clubes de futebol. Após muita especulação, na última abertura do mercado de transferências acabou por fazer as malas e deixar Lisboa rumo a Paris, a cidade estrangeira onde residem mais portugueses e lusodescendentes.
Numa das muitas solicitações por parte dos jornalistas franceses desde que chegou à Cidade-Luz, o reforço pelo qual o Paris Saint-Germain (PSG) pagou 30 milhões de euros ao Benfica, apontou motivos para ter aceite o convite do novo clube, em detrimento de emblemas como o Manchester United, Chelsea, AC Milan e Valência. Aos diversos aliciantes habitualmente oferecidos pelo tetracampeão francês, acrescentou um.
“Para um jogador jovem como eu, Paris foi a melhor opção. Sabia que me ia sentir mais em casa aqui do que em Inglaterra. O facto de existir uma grande comunidade portuguesa em Paris, e sentir o apoio desses portugueses, torna mais fácil a adaptação”, previu.
A resposta não tardou. Os representantes da Casa do Benfica em Paris, coletividade com mais de 300 associados, começaram a planear idas organizadas ao Parque dos Príncipes, de forma a ficarem localizados em pontos do estádio em que o apoio desta claque de benfiquistas fosse visível.
A adaptação tem sido gradual, como seria de esperar tendo em conta a juventude de um jogador de apenas 20 anos. No final de janeiro, ainda mal havia pousado as malas na nova cidade e recebeu logo a primeira prova de confiança atribuída pelo treinador Unai Emery, que o utilizou nos últimos minutos de um jogo contra o Mónaco.
Já estava em campo quando o compatriota Bernardo Silva fez o golo que valeu ao conjunto monegasco um valioso empate em solo parisiense. Gonçalo Guedes pode focar-se no amigo, com o qual dividiu balneário nos escalões jovens do Benfica, como exemplo de integração de sucesso no futebol francês. O internacional português que veste a camisola 10 do Mónaco foi eleito o melhor jogador da Ligue 1 no mês de janeiro.
Outra referência a ter em conta é Pedro Pauleta, o antigo recordista de golos da seleção portuguesa, que em 2010 foi eleito pelos adeptos parisienses como o melhor jogador de sempre do clube francês, no qual até à data já haviam passado nomes como Ronaldinho Gaúcho, Jay-Jay Okocha, Raí, Mauricio Pochettino ou Nicolas Anelka.
Em declarações ao site do PSG, Gonçalo Guedes afirmou o desejo de poder “um dia ser tão popular” como Pauleta. A caminho a percorrer é muito longo, até porque atualmente o PSG desfruta de um dos melhores plantéis do mundo do futebol, um facto que nem a recente goleada sofrida diante do Barcelona apaga.
Tornar-se num elemento influente junto a estrelas como Ángel Di María, Edinson Cavani e Blaise Matuidi certamente será um argumento de peso para que Gonçalo Guedes também conquiste um lugar cativo próximo de Cristiano Ronaldo, Nani e Adrien Silva.
Gonçalo Guedes já se estreou pela seleção principal, num jogo particular em que Portugal visitou e venceu o Luxemburgo, em novembro de 2015. A carreira do novo ícone da portugalidade em Paris parece destinada a conviver de perto com as comunidades portuguesas pelo mundo.
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