A agência espacial portuguesa ‘Portugal Space’, com sede na ilha açoriana de Santa Maria, vai estar a funcionar este mês.
Os termos para a constituição da Portugal Space foram aprovados em Conselho de Ministros e estão estabelecidos numa resolução que autoriza a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), onde funciona o Gabinete do Espaço, a associar-se à Agência Nacional de Inovação, a uma entidade da área da Defesa Nacional e a uma outra a indicar pela Região Autónoma dos Açores, com a colaboração da Agência Espacial Europeia (ESA).
A agência espacial portuguesa terá a sua sede em Santa Maria, onde será construída uma base de lançamento de microssatélites, mas também instalações em Lisboa e em outros locais do país, avançou Manuel Heitor, que, antes, em dezembro de 2018, em declarações também à Lusa, assumiu que a Portugal Space deveria começar a funcionar até março de 2019.
Na altura, o ministro referiu que uma das missões da Portugal Space será promover «novas atividades e negócios» no setor espacial, em particular na observação da Terra com pequenos satélites, e «facilitar uma maior participação de Portugal nos programas europeus», da ESA e da União Europeia.
A ideia, segundo Manuel Heitor, é «dinamizar novas indústrias, novas empresas e criar emprego qualificado em Portugal» no lançamento e fabrico de pequenos foguetões e satélites.
O Estado, adiantou, irá investir, através da FCT, entre 500 mil euros e um milhão de euros para garantir os «custos de operação e arranque» da agência, incluindo a contratação de dez técnicos especializados, e que o objetivo será «atrair financiamento europeu e das empresas» para suportar o funcionamento da Portugal Space.
Manuel Heitor espera que a agência espacial potencie a meta nacional de, em 2030, haver mil novos empregos no setor e um investimento das empresas de 400 milhões de euros. Atualmente, a faturação das empresas portuguesas do setor aeroespacial ronda os 40 milhões de euros anuais.
Na ilha de Santa Maria será construído o já anunciado porto espacial para lançamento de microssatélites, uma iniciativa que partiu do Governo.
Espera-se que, de acordo com o calendário fixado, os primeiros lançamentos de pequenos satélites se iniciem na primavera ou no verão de 2021, depois de o contrato para a instalação e funcionamento da base ser assinado, em junho de 2019, com os consórcios ‘vencedores’.
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