O Governo britânico, liderado por Theresa May, prometeu iniciar o divórcio com a União Europeia em março de 2017.
O ministro das Finanças britânico, Philip Hammond, defendeu a realização de acordos de transição para facilitar a saída do Reino Unido da União Europeia e evitar “perturbações”, incluindo no sistema financeiro.
“Ter um período mais longo para gerir o ajustamento entre onde estamos agora, ou seja, um membro de pleno direito da União Europeia, e onde estaremos no futuro depois das negociações, seria de útil em geral”, afirmou o ministro, durante uma audiência com o Comité do Tesouro do parlamento do Reino Unido.
Assim, referiu o governante, haveria uma “transição mais suave e envolveria menos riscos de perturbações, incluindo para a estabilidade financeira, que é uma preocupação real”.
Segundo o ministro, em relação à estabilidade financeira há uma “visão emergente” partilhada por empresas, reguladores, alguns responsáveis políticos “esclarecidos”, assim como de funcionários de “ambos os lados do canal”.
A necessidade de um período de transição tem sido defendida por representantes do setor financeiro, que temes que a saída do Reino Unido da União Europeia (‘Brexit’) torne a sua atividade mais difícil, ao ser-lhes negado o acesso ilimitado ao mercado único.
Bruxelas já advertiu que aqueles acordos dificilmente serão concebidos, mesmo que o Governo britânico os tenha sugerido como úteis.
Depois de concluído o acordo de “divórcio”, é “difícil de imaginar um período de transição”, disse a semana passada Michel Barnier, o líder da equipa da Comissão Europeia que negoceia o Brexit.
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