Paulo Pisco foi esta segunda-feira oficializado, pelo partido socialista, candidato a Deputado pelo círculo eleitoral da emigração na Europa. O PS aprovou, com 83% dos votos favoráveis, as listas de candidatos pelos 22 círculos eleitorais às eleições legislativas de 30 de janeiro do próximo ano.
Paulo Pisco foi eleito deputado, pela primeira vez, em outubro de 1999, com uma interrupção de dois mandatos. Mas continua a ser o nome do Partido Socialista mais conhecido em toda a Europa, pelo menos segundo o Secretário-Geral do Partido.
Como “número dois” da lista surge Nathalie de Oliveira, que, desta vez, formalizou a ambição de ser cabeça de lista, depois de várias vozes no Partido Socialista terem protestado contra os “cargos vitalícios”.
Houve mesmo uma petição que circulou para que a deputada fosse cabeça de lista, com a direção do PS a argumentar, no entanto, que “13 das 16 Secções do partido na Europa apoiaram Paulo Pisco”.
A direção do partido queria reconduzir exatamente a mesma lista da última campanha, mas os dois suplentes, Ilídio Morgado e Sílvia Paradela, não aceitaram a proposta e foram substituídos por Alfredo Stoffel, atual Conselheiro das Comunidades eleito na Alemanha e por Joana Benzinho, que trabalha nas instituições europeias, em Bruxelas.
A ambição do PS é agora tentar eleger dois Deputados, já que a França é o país da Europa com mais eleitores e o PSD não apresenta nenhum candidato residente neste país e apresenta uma candidata cabeça de lista completamente desconhecida das Comunidades portuguesas, exceto da residente na Suíça, onde foi Adida Social na Embaixada de Portugal.
O Compromisso com as Comunidades
Numa nota de agradecimento ao partido, e “em particular” ao Secretário-Geral do PS, António Costa e ao Secretário-Geral Adjunto, José Luís Carneiro, Paulo Pisco destaca “a grande honra” de renovar o seu mandato como cabeça de lista pelo Círculo da Europa, “servindo assim o país e servindo as comunidades”.
“A luta pela afirmação e valorização das comunidades, tanto no estrangeiro como em Portugal, continuará a ser a nossa grande prioridade, minha e a de todos os membros da lista candidata pelo Círculo da Europa, efetivos e suplentes, Nathalie de Oliveira, Alfredo Stoffel e Joana Benzinho”, vinca o deputado na nota a que a Revista Comunidades teve acesso.
“Estamos focados no mesmo objetivo de contribuir para uma grande vitória do Partido Socialista no Círculo da Europa nas eleições legislativas de 30 de janeiro, cuja votação nas comunidades se realiza por correio”, refere.
“Agradeço também de forma muito reconhecida a confiança e o apoio que também depositaram em mim os 13 dos 16 coordenadores e secções do PS na Europa. O seu apoio expresso é para mim motivo de grande orgulho e um extraordinário fator de motivação, consciente que estou do sentido da responsabilidade que isso implica, de humildemente ser o porta-voz dos seus anseios, tanto relativamente às comunidades como ao Partido Socialista”, continua.
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Na carta de agradecimento, Pisco adianta que continuará a fazer “o seu melhor, com energia e determinação, para manter a relação de proximidade” que sempre procurou ter “com as estruturas, militantes e comunidades, ouvindo todos e amplificando a sua voz no Parlamento, no Governo e na sociedade, neste círculo eleitoral gigante que é a Europa”.
O deputado socialista dirige ainda uma palavra de gratidão aos companheiros de lista desde 2019, Ilídio Morgado e Sílvia Paradela, “que ao longo destes anos sempre manifestaram uma disponibilidade sem falhas para a defesa das comunidades portuguesas”. Ainda, “uma palavra de gratidão, para os inúmeros membros das nossas comunidades espalhadas pela Europa, que sempre me têm apoiado de forma tão generosa, ajudando-me nas minhas deslocações, incentivando-me, propondo ideias, chamando a atenção para a necessidade de resolução de problemas que afetam os portugueses residentes no estrangeiro”.
“Nas comunidades portuguesas, na diáspora, o grande desafio será sempre criar um sentido de comunhão entre os que estão dentro das fronteiras do país e os que estão fora. Somos um só povo, que merece por inteiro a mesma atenção e cuidado, políticas fortes, inovadoras e inclusivas”, frisa.
“Muito já foi feito para valorizar a nossa diáspora, para lhe dar voz e envolvê-la na transformação do país, mas haverá sempre muito mais por fazer”, refere.
“Estar longe da vista não pode significar estar longe do coração, porque cada português no estrangeiro ou lusodescendente representa sempre aquilo que somos como povo e país, representa a nossa identidade e o nosso destino coletivo. Cada português e lusodescendente no estrangeiro têm muito a dar a Portugal e espera também do país aquele sinal que o confirma como cidadão de corpo inteiro, sem qualquer tipo de discriminações”, diz Paulo Pisco.
“O nosso compromisso, o compromisso da nossa lista, é com as comunidades portuguesas. É um compromisso com o objetivo enunciado pelo Primeiro-Ministro António Costa no encerramento do debate do Orçamento de Estado que os partidos da oposição chumbaram: dar o nosso melhor contributo para que o Partido Socialista possa alcançar uma maioria reforçada, estável e duradoura nas eleições legislativas de 30 de janeiro de 2022”, remata.