Esse laboratório, que vai funcionar no IPM, vai contar com três equipas, versadas em particular na área da informática e da interpretação/tradução, em que membros de Macau, de Portugal e do interior da China vão trabalhar em conjunto para conceber uma “máquina” capaz de traduzir de chinês para português e de português para chinês.
“É um projeto difícil, mas de grande significado”, observou, explicando que o laboratório conjunto das duas instituições de ensino superior – parceiras de longa data – vai contar com outros ‘reforços’ de Portugal e do interior da China.
“Tem o apoio da Universidade de Coimbra. E, do outro lado, conta com o apoio técnico da maior empresa de tradução da China, porque eles já têm tecnologia na área da tradução chinês-inglês/inglês-chinês”, e da Universidade de Línguas Estrangeiras de Cantão, explicou Lei Heong Iok.
“Se conseguirmos um computador que saiba traduzir português-chinês e chinês-português vai ser um grande instrumento”, afirmou o presidente do IPM, deixando claro que a ideia não é criar uma máquina para substituir o homem, mas para “apoiá-lo e reduzir o volume de trabalho que enfrenta”.
“Visitei a União Europeia e eles mostraram-me a máquina de português-inglês ou francês. Eu pensei: por que não [utilizar um sistema idêntico] em Macau? Temos duas línguas oficiais e há tantas dificuldades e queixas”, explicou Lei Heong Iok, indicando que na área da conversão assistida do português-chinês e chinês-português há “pouca coisa”.
“De facto, outras instituições também pensaram nesse sentido mas não conseguiram resultados satisfatórios”, apontou Lei, indicando que a primeira meta a atingir é até 2020.
Esse objetivo passa por “resolver problemas que existem neste momento na área da tradução na administração pública”, podendo depois evoluir para outras áreas, como a da educação ou mesmo medicina.
SUBSCREVER NEWSLETTER
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail de segunda a sexta