O líder do CDS-PP/Madeira exortou o Governo Regional a preparar, juntamente com o executivo nacional, um plano de contingência preventivo para a eventualidade do regresso de emigrantes que queiram fugir à situação “explosiva” na Venezuela.
“Exortamos o Governo Regional, conjuntamente com o Governo da República, a estabelecer esse plano de prevenção para precaver um eventual regresso de centenas ou até de milhares de madeirenses que vivem naquele país”, disse António Lopes da Fonseca.
O líder centrista participou na tradicional Festa dos Romeiros, no Chão dos Louros, no concelho de São Vicente, no norte da ilha da Madeira, onde contactou com vários membros da diáspora, sublinhando que lhe transmitiram a “apreensão, sobretudo os que vivem na Venezuela, com a situação que se vive naquele país”.
“A situação é explosiva e pode desembocar num regresso. Temos de estar preparados para os receber”, sustentou Lopes da Fonseca.
Na sua opinião, “o pior que podia acontecer era o governo não estar preparado para eventualidade do regresso de centenas de pessoas que queiram fugir à situação de conflito que facilmente por desembocar na Venezuela” e que poderá resultar mesmo “numa guerra civil”.
Lopes da Fonseca considerou que “o Governo Regional tem tido uma certa passividade relativamente a esta matéria”. O responsável também defendeu que o executivo madeirense deve desencadear os esforços necessários para resolver a situação dos lesados do ex-Banif e do ex-BES, porque muitas pessoas, incluindo emigrantes, “continuam a aguardar uma solução para a perda que tiveram do seus investimentos”.
Na Venezuela está radicada uma das maiores comunidades de portugueses naturais da ilha da Madeira.
No país – devido à crise económica provocada pela baixa do preço do petróleo – regista-se uma escassez de vários produtos, desde comida a papel higiénico. A crise tem suscitado a revolta da população e o aumento da criminalidade violenta e dos roubos a estabelecimentos comerciais.
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