O Presidente da República esteve ontem na Madeira para prestar homenagem às vítimas mortais do acidente com o autocarro turístico.
Marcelo Rebelo de Sousa foi à Madeira para prestar homenagem às vítimas mortais do acidente com o autocarro turístico. O Presidente da República começou por referir aos jornalistas a partir do local onde ocorreu o acidente que «queria deixar três palavras, que são ditas em nome de todos os portugueses».
«A primeira é de solidariedade, a solidariedade relativamente aos familiares das vítimas mortais e aos familiares das vítimas que estão a ser assistidas e que felizmente estão a ter uma evolução positiva no seu estado de saúde. Em segundo lugar de agradecimento a todos quantos de uma forma tão rápida, tão eficiente, e foram muitas as instituições, para além das pessoas a título individual, que apareceram a dar o seu contributo e acorrer ao que se passou e proporcionar aquilo que o próprio presidente alemão, quando falei com ele ontem, me agradeceu, pela preocupação de acolher e de cuidar. A terceira e última palavra é naturalmente de determinação, vamos olhar para o futuro, irei estar com os feridos, irei estar com aqueles que aqui estavam também e que não foram atingidos», elencou Marcelo.
O Chefe de Estado fez também questão de deixar «em geral uma palavra para o povo madeirense».
Esta é uma dupla homenagem religiosa, explicou Marcelo, referindo tratar-se de uma homenagem no segundo dos três dias de luto decretados, pois «além da homenagem cívica, porque estarei numa cerimónia luterana na Igreja Presbiteriana, depois o senhor Bispo da Madeira quis associar as cerimónias desta sexta-feira santa e homenagem àqueles que faleceram».
Questionado sobre se está a acompanhar as investigações ao acidente, Marcelo recordou que sobre isso não se pronuncia.
«Há entidades que naturalmente tratam disso, essa não é a função de um Presidente da República, que está aqui para acompanhar tudo o que se passa, mas também para prestar homenagem e prestar solidariedade», sublinhou.
Sobre o estado em que se encontram as infraestruturas na Madeira, «estradas íngremes sem qualquer proteção», o Presidente considerou não ser o momento para abordar esse assunto.
«Penso que estes dias são tão densos e aquilo que sentem as pessoas que foram atingidas, as famílias que foram atingidas, é tão importante que devemos respeitar durante esses dias a prioridade desses seus sentimentos», rematou.
Recorde-se que em sequência do despiste de um autocarro turístico no Caniço, na Madeira, que provocou 29 mortos, há ainda 16 feridos internados no hospital, 14 de nacionalidade alemã e dois de nacionalidade portuguesa.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros alemão e português já se tinham deslocado ao local na quinta-feira.
SUBSCREVER NEWSLETTER
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail de segunda a sexta