O Presidente da República pediu aos portugueses que façam o «pequeno sacrifício» de votar nas eleições para o Parlamento Europeu e não deixem «nas mãos de 20% ou de 25% a decisão que é de todos».
Numa comunicação sobre as eleições deste domingo, divulgada na televisão e na rádio e no portal da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa sustentou que atualmente «é tão importante o que se decide na Europa como muito do que se decide apenas em Portugal» e que nos próximos anos «decisões fundamentais» para o futuro serão tomadas no quadro europeu.
«Por isso, vos peço que esqueçais o que vos desgostou na campanha eleitoral, ou a tentação de pensar que é um voto incómodo, um voto desinteressante, um voto desnecessário, ou o comodismo de achar que votar é para os núcleos duros dos partidos, para os entendidos, para os mesmos de sempre», afirmou.
«Peço-vos esse pequeno sacrifício que é não deixar nas mãos de 20% ou de 25% a decisão que é de todos», acrescentou o chefe de Estado.
Na habitual mensagem presidencial transmitida em véspera de atos eleitorais, centrada no combate à abstenção, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que ficar em casa hoje é «um erro enorme» e insistiu para que os eleitores dediquem «uns minutos do seu tempo àquilo que vai determinar os próximos cinco anos».
«Até para, no dia seguinte, não terdes, não termos, de recomeçar o queixume de que a Europa, a que pertencemos, está errada, de que a Europa não nos entende, de que a Europa não nos apoia como deveria fazê-lo, de que a Europa não é suficientemente solidária, de que a Europa se encontra dominada pelos que não queremos, nem aceitamos. Tudo porque a maioria esmagadora escolheu não escolher», advertiu.
No início da sua mensagem, o chefe de Estado referiu que «tem sido regra haver uma elevada abstenção nas eleições para o Parlamento Europeu» e mostrou-se consciente de que «muitos portugueses» desvalorizam a importância deste ato eleitoral, em que não escolhem quem exerce o poder em Portugal.
Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que «o mais de um milhão de compatriotas que vive por esse mundo fora, e que, num passo histórico, passou a ter direito de voto, pode estar ainda longe destas suas primeiras eleições».
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