Durante a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia, exatamente há 27 anos, decorreu o Massacre de Santa Cruz, um tiroteio sobre manifestantes pró-independência no cemitério de Santa Cruz, em Díli.
A 12 de novembro de 1991, celebrava-se uma missa de homenagem a Sebastião Gomes, um jovem membro da resistência timorense (RENETIL) e morto dias antes por elementos ligados às forças indonésias, quando o ataque ordenado por militares indonésios foi dirigido à população timorense. Um ato de violência que vitimou mais de 250 timorenses, especialmente jovens, e que desencadeou uma onda mundial de protesto e repúdio.
Este foi, no entanto, apenas um dos muitos massacres em Timor que perdeu um terço da população durante os anos de ocupação indonésia. Neste caso, encontrava-se no local Max Stahl, um jornalista e documentalista britânico, que filmou os acontecimentos e conseguiu sair do país com as imagens. Não é certo o número de vítimas mortais do massacre, mas os números apontam para 300 a 400 mortos e muitas centenas de feridos.
A emissão das cenas do massacre pelas televisões de todo o mundo, voltou a colocar o caso de Timor nas agendas diplomáticas, e a Indonésia foi obrigada a realizar um referendo na ex-colónia portuguesa. Este terminou com a vitória dos que defendiam a independência, que foi declarada oficialmente em 2002.
Como a maioria das vítimas foram jovens, depois da independência, o dia trágico passou a ser um feriado, o Dia Nacional da Juventude em Timor Leste.
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