Os municípios de Mesão Frio e Murça, em Vila Real, homenageiam na sexta-feira (dia 17 de agosto) os emigrantes que regressam de férias à terra natal, fazendo praticamente duplicar a população nas aldeias, e que investem e contribuem para o desenvolvimento local.
«Queremos promover o encontro dos emigrantes e queremos que eles saibam que, mesmo longe, são fundamentais para o desenvolvimento da nossa terra», afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara de Mesão Frio, Alberto Pereira.
O autarca elencou o regresso definitivo de alguns emigrantes que «vão investindo».
«Este ano já tivemos dois bons projetos em Mesão Frio fruto de emigrantes que voltaram à terra. Um tomou conta de um restaurante e outro comprou uma quinta com a casa em ruínas, recuperou-a e abriu, na semana passada, uma casa de turismo de alojamento local», exemplificou.
Para a recuperação desta quinta, o emigrante investiu, segundo Alberto Pereira, cerca de 400 a 500 mil euros.
«Queremos continuar a cativar os nossos emigrantes, por forma a que eles nunca se esqueçam da nossa terra», frisou.
A festa de amanhã será animada pelo grupo Diapasão. Os emigrantes deste concelho duriense espalham-se principalmente pela França, Bélgica e Suíça.
A Câmara de Murça promove também o “Dia do Emigrante” para dar as boas vindas a todos os que regressam, nesta altura, à terra natal.
As atividades iniciam hoje à noite com um arraial de verão.
Amanhã, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, associa-se ao executivo municipal na «homenagem simbólica» aos emigrantes deste concelho.
Durante a tarde, será realizado um ciclo de debates sobre a emigração e o seu papel no desenvolvimento local, que contam com a participação de Carlos Pereira, jornalista em Paris, Nathalie de Oliveira, autarca lusodescendente em Metz (França), Luísa Semedo, presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas, e José António Coimbra Matos, ex-presidente da Confederação da Comunidade Portuguesa do Luxemburgo (CCPL).
Neste concelho, a aldeia de Fiolhoso é mesmo conhecida como «a mais luxemburguesa de Portugal», visto que a maioria dos seus emigrantes rumou até aquele país.
Durante o ano, a freguesia não terá mais de 200 habitantes, já no verão, a aldeia ganha nova vida com a chegada de centenas de emigrantes.
A emigração para o Luxemburgo começou nos anos 60 e, no início dos anos 70, os portugueses já eram a maior comunidade de estrangeiros naquele país.
Depois, à noite, junto à Porca de Murça, atuam os artistas brasileiros de nacionalidade portuguesa Lilian Raquel e Cláudio César Ribeiro, um espetáculo inserido no “Festival Oito Mãos”.
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