Terminou este sábado (21.11) a reunião entre as delegações de Moçambique e do Maláui para debater uma agenda comum de Defesa e Segurança. Os conflitos armados em Cabo Delgado e no centro de Moçambique têm maior atenção.
Segundo anunciou o Governo moçambicano, a agenda da XIII Sessão da Comissão Conjunta Permanente de Defesa e Segurança (CCPDS) destaca “os últimos desenvolvimentos políticos e de segurança com impacto nos dois países”, Moçambique e Maláui, o que se refere num comunicado do Ministério moçambicano da Defesa Nacional, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).
Moçambique é representado pelo ministro da Defesa, Jaime Neto, e pelo ministro do Interior, Amade Miquidade. A reunião ministerial foi esperada para ter lugar neste sábado (21.11).
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Os conflitos armados no norte, Cabo Delgado e centro de Moçambique, são os que concentram maior atenção na atualidade sub-regional.
As fronteiras entre Moçambique e o Maláui são também notícia, com frequência, devido a casos de emigração ilegal.
Uma das situações que chocou o mundo ocorreu em março, quando 64 etíopes foram encontrados mortos dentro do contentor de um camião oriundo do Maláui. Em outubro, a justiça moçambicana condenou a oito e nove anos de prisão dois dos sete réus no caso.
A comissão conjunta que se reuniu desde quarta-feira (18.11) é um fórum criado pelos dois países com o objetivo de “dinamizar a cooperação bilateral, procurar soluções para problemas comuns e garantir maior aproximação e confiança” nas áreas de Defesa e Segurança.
A violência armada em Cabo Delgado está a provocar uma crise humanitária com cerca de 2 mil mortes e 435 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos suficientes – concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.
No centro, conflitos com guerrilheiros dissidentes da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), oposição, já provocaram 30 mortos no último ano.