Capital da província de Cabo Delgado continua acolhendo vítimas de confrontos e insegurança no extremo norte; deslocados aparecem fatigados, desidratados, com fome e sofrendo de várias doenças em barcos.
As Nações Unidas anunciaram que pelo menos 7.402 novos deslocados chegaram somente numa semana à cidade moçambicana de Pemba, em Cabo Delgado. A violência nos distritos de Ibo, Quissanga e Macomia é a razão da fuga das áreas de origem na província do extremo norte.
As autoridades locais e provinciais lideram esforços de resposta a este fluxo de pessoas atuando com parceiros humanitários na assistência e oferta de serviços de proteção aos recém-chegados.
O governo já forneceu alimentos, kits de higiene e máscaras, enquanto os parceiros humanitários assumiram a seu cargo o apoio em áreas como assistência de proteção, oferta de refeições prontas, uma clínica médica, além de instalações para garantir serviços básicos de água potável, saneamento e higiene.
A chegada do maior número de pessoas foi registada na quinta-feira passada, quando 24 barcos transportaram 2,7 mil pessoas para as áreas de desembarque do bairro de Paquitequete, em Pemba.
Os deslocados são na maioria mulheres e crianças que deixaram as áreas afetadas por confrontos e pela insegurança. Esta semana houve relatos de ataques armados na ilha de Matemo, no distrito de Ibo.
De acordo com relatos dos deslocados, apenas se pretendem mudar para áreas de reassentamento noutros distritos como Montepuez, Chiúre, Ancuabe ou Metuge. Nestas áreas da província do extremo norte de moçambique já estão acomodados deslocados pela violência na província. Outra opção é ficar em comunidades de acolhimento na cidade de Pemba.
Além de precisarem de água potável e de artigos de saneamento e higiene, os deslocados carecem de segurança alimentar, saúde e proteção. As áreas de ajuda infantil e das vítimas da violência de gênero merecem grande atenção.
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