O prémio Nobel da Paz morreu este sábado, aos 80 anos.
A notícia foi avançada no Twitter de Kofi Annan, informando que o ex-secretário-geral da ONU teria sofrido uma pequena doença, mas que morreu «em paz».
No comunicado, lê-se que a família pede «gentilmente privacidade neste momento» e que as celebrações da vida de Kofi Annan serão posteriormente anunciadas.
Kofi Annan foi secretário-geral das Nações Unidas entre 1997 e 2006, cumprindo dois mandatos.
Nascido em Kumasi, no Gana, a 8 de abril de 1938, o diplomata era casado com Nane e tinha três filhos – Ama, Kojo e Nina -, que estiveram ao seu lado nos últimos dias, no hospital em que estava internado, em Berna (Suíça).
Políticos e diplomatas prestam tributo
«Um amigo constante de Portugal e um aliado inquebrantável na luta pela autodeterminação do povo de Timor-Leste»Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República
«Um líder mundial da causa da paz, do desenvolvimento e dos direitos humanos»António Costa, primeiro-ministro
«Foi uma honra para mim trabalhar consigo, nomeadamente no Iraque sob ataque dos EUA e no processo de libertação/independência de Timor Leste. Portugal curva-se perante si»Ana Gomes, eurodeputada e antiga embaixadora de Portugal em Jacarta
«São raras as pessoas que dificilmente imaginamos que possam um dia desaparecer, mas Kofi Annan era seguramente uma delas. A sua estatura intelectual e força moral, o seu dinamismo, a solidez da sua presença e convicções sempre se sobrepuseram ao sentido da vida efémera e à mortalidade própria dos humanos»Jorge Sampaio, antigo Presidente da República
«Kofi Annan era uma força condutora para o bem»António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas
«Um grande líder e reformador da ONU [que] deu um enorme contributo para tornar o mundo que deixou num lugar melhor»Theresa May, primeira-ministra do Reino Unido
«[Elogia] a sua capacidade de tomar decisões bem pensadas mesmo nas situações mais complexas e críticas. A sua memória ficará sempre no coração dos russos»Vladimir Putin, Presidente russo
«Era uma dádiva para a raça humana»Jesse Jackson, político norte-americano e ativista dos direitos dos afro-americanos
«Para mim, enquanto cresci, Kofi Annan era as Nações Unidas. Ele fez com que nós, uma geração inteira, acreditássemos, confiássemos e contássemos no multiculturalismo. Ele acreditou que os jovens nunca eram ‘demasiado novos’ para liderar e criou plataformas para que pudéssemos ser ouvidos»Jayathma Wickramanayake, enviada das Nações Unidas para a Juventude
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