O Governo e a Nokia Portugal assinaram esta quarta-feira um memorando de entendimento para a criação de um novo centro de serviços globais da tecnológica em Portugal. Este centro irá criar 300 empregos ao longo dos próximos dois anos.
A Nokia vai instalar em Portugal um centro de serviços globais, com um investimento associado de 90 milhões de euros. O anúncio foi feito esta quarta-feira, na cerimónia de assinatura do memorando de entendimento entre o Estado e a Nokia Portugal.
“A presença da Nokia já é extremamente relevante, com mais de dois mil trabalhadores”, notou o secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo, na cerimónia, que decorreu através de videoconferência. A presença da empresa no mercado português será em breve reforçada, através da instalação de um centro de serviços globais em Portugal.
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Conforme explicou Aragão de Azevedo, este centro, que ficará instalado na Amadora, permitirá a “criação de emprego altamente qualificado e ainda a criação de infraestruturas”. De acordo com a informação avançada, serão criados 300 novos empregos, ao longo dos próximos dois anos.
Este centro, que estará dedicado a serviços de apoio às empresas, permitirá à Nokia “servir o mundo a partir de Portugal”, conforme assinalou o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira que, frisou ao longo da intervenção, a importância de a Nokia tomar uma “decisão de investimento” em Portugal desta envergadura, ainda mais “sendo uma empresa europeia”.
Segundo a Nokia, fatores como o talento disponível e a estreita relação com o mundo académico e o ecossistema de inovação e startups terão pesado na decisão da tecnológica. Pedro Siza Vieira sublinhou ainda que Portugal tem um “fortíssimo ecossistema de startups e ligação com as empresas que é possível estabelecer”, existindo um “sistema que se alimenta a si próprio em termos de capacidade de inovação”.
Sérgio Catalão, o responsável pela operação da Nokia em Portugal, especificou que este novo centro ficará instalado no complexo que a Nokia já tem na Amadora. O mesmo responsável indicou que este complexo “já tem uma capacidade” de espaço, permitindo receber este novo centro. “A virtualização é uma característica de hoje e é algo que estamos a ver muito de perto”, notou Sérgio Catalão, quando questionado sobre a necessidade de espaço físico, num momento em que várias tecnológicas já anunciaram que pretendem reduzir as instalações físicas, devido ao teletrabalho, mas reforçou que a Nokia continua “a ter capacidade e necessidade de ter uma presença física.”
Processo de contratação arranca em breve
“Vamos começar o processo” de contratação, especificou Sérgio Catalão, da Nokia Portugal, notando que a empresa contará com “várias fontes de suporte” para essa tarefa. O responsável notou que, uma vez que a Nokia já tem outros centros em Portugal, já tem “alguma experiência, através de universidades e politécnicos”.
O responsável indicou que “o processo tem de estar concluído até ao fim do próximo ano”, dando como exemplos de colaboração a Universidade de Lisboa, Aveiro ou os Institutos Politécnicos.