O conceito de eurocidade está a ganhar força na fronteira entre Vilar Fomoso, do lado de Portugal, e Fuentes de Oñoro, do lado de Espanha, que querem formar «uma só força sem barreira geográfica». Na base do projecto está o receio da desertificação, na sequência da construção de uma nova ligação entre a A25 e a A62, que poderá votar as duas localidades ao esquecimento.
Segundo o jornal Expresso, a eurocidade abrangeria também Almeida e Cuidad Rodrigo e permitiria «lutar por projetos de interesse regional, com financiamento da União Europeia para territórios fronteiriços». A explicação é de Isidoro Alanos, alcaide de Fuentes de Oñoro, um dos defensores do projeto e que teme a perda de quase 400 postos de trabalho diretos com a construção da nova ligação.
O presidente da Junta de Freguesia de Vilar Formoso partilha desta opinião: considera que a eurocidade pode «diminuir os impactos da ligação por autoestrada». António Machado reconhece que a cooperação com os vizinhos espanhóis é «muito boa», mas não quer ficar por aqui. Está em cima da mesa, por exemplo, a requalificação do parque TIR de modo a manter Vilar Formoso no mapa das paragens do trânsito rodoviário, assegurando que os estabelecimentos comerciais continuam a ter clientes.
O parque TIR é o primeiro projeto da futura eurocidade. Desenhado pela arquiteta Luísa Pacheco prevê um desvio de trânsito para que os condutores passem por Vilar Formoso e Fuentes de Oñoro. No conjunto, as intervenções planeadas deverão ascender a quatro milhões de euros.
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