Portugal vai fortificar a colaboração científica entre universidades e entidades britânicas, mais especificamente com o Imperial College, uma universidade de referência na área biomédica do Reino Unido.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, reuniu-se esta semana em Londres com Sam Gyimah, o secretário de Estado britânico para as Universidades, Ciência, Investigação e Inovação. Nesta reunião foram discutidas formas de consolidar uma parceria nas áreas da ciência e tecnologia, abordada recentemente durante a visita do primeiro-ministro, António Costa, à homóloga britânica, Theresa May.
A decisão desta reunião consistiu na formação de grupos de trabalho entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia e as similares inglesas para arquitetar um plano até ao final do ano, incluindo um programa específico entre Portugal e o Imperial College, onde trabalham cerca de 108 docentes e investigadores portugueses.
«É uma das instituições com mais história na relação com Portugal, e será criado um segundo grupo de trabalho específico para avançarmos numa perspetiva de colaboração, semelhante àquela existente com o MIT [Massachusetts Institute of Technology] e outras universidades norte-americanas», avançou Manuel Heitor à agência Lusa.
O Imperial College, considerada uma conceituada universidade na área biomédica e das ciências, está envolvida em programas de cooperação com África, «pode abrir uma série de triangulações que valorizam o posicionamento de Portugal no mundo» e «também o interesse enquanto país de ciência através de parcerias».
Esta fortificação da cooperação cientifica entre Portugal e o Reino Unido vem, segundo o ministro português, Manuel Heitor, valorizar e aumentar o posicionamento de Portugal no mundo, preparando parcerias para um futuro pós-Brexit.
O ministro português encontrou-se também com responsáveis de instituições governamentais, nomeadamente a UK Research and Innovation, agência britânica de financiamento para a ciência e investigação, a Innovate UK, agência ligada à inovação na indústria, e a UK Space Agency, a agência espacial britânica.
A visita terminou esta terça-feira com uma deslocação a um Centro Digital Catapult em Londres, que quer providenciar acesso a conhecimento técnico, equipamento e outros recursos, e que Lisboa quer abrir à cooperação com a rede Laboratórios Colaborativos portugueses.
Segundo Manuel Heitor, Portugal e o Reino Unido têm objetivos comuns de chegar a 2030 com 3% do Produto Interno Bruto em investimento em investigação e desenvolvimento. Atualmente, o investimento em Investigação em desenvolvimento em Portugal é de 1,3% do PIB e no Reino Unido é de 1,7%.
Além do presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Paulo Ferrão, acompanharam o ministro o coordenador da Comissão Instaladora do AIR Centre, António Sarmento, o reitor da Universidade Nova de Lisboa, João Sàágua, o presidente do Instituto Superior Técnico, Arlindo Oliveira, o presidente do Laboratório Associado INESC TEC, José Manuel Mendonça, o diretor do Laboratório Colaborativo em Transformação Digital (Dtx), António Cunha, e Alexandra Marques, investigadora do I3Bs – Research Institute on Biomaterials, Biodegradables and Biomimetics e do “Discoveries Centre”.
SUBSCREVER NEWSLETTER
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail de segunda a sexta