A Rede de Restaurantes Portugueses no Mundo foi apresentada, em Paris, numa ação de promoção da gastronomia portuguesa que teve como objetivo conquistar o mercado francês e outros países onde o programa vai ser divulgado.
Depois de San Sebastián, Paris foi a segunda cidade estrangeira escolhida para mostrar o programa porque a capital francesa é “um segundo Portugal” e porque há um reconhecimento crescente “em termos de gastronomia” em França, disse Teresa Vivas, consultora especial do programa de internacionalização da gastronomia portuguesa.
No restaurante Comme à Lisbonne – Tasca, no bairro do Marais, à volta de petiscos e vinhos portugueses, o programa foi apresentado como “um projeto que pretende promover a gastronomia portuguesa ao nível internacional e a forma mais lógica foi a criação de uma rede de restaurantes no mundo”.
“A nível económico, o que nós pretendemos é que os nossos produtores exportem cada vez mais e melhor. (…) Queremos que os nossos empresários da restauração sejam cada vez mais reconhecidos no mercado onde estão, que se reconheça a boa gastronomia portuguesa e o formato como ela deve ser consumida”, afirmou à Lusa Teresa Vivas.
A representante da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) indicou que o projeto também pretende divulgar a cultura portuguesa, nomeadamente a gastronómica, “que arrasta” com ela o “bem receber que é tão português”, e o objetivo passa igualmente por “dar mais visibilidade à portugalidade”.
A rede é uma iniciativa da AHRESP, em parceria com o Governo de Portugal, Turismo de Portugal, Agência para o Investimento e o Comércio Externo de Portugal, TAP Air Portugal, Turismo do Centro e Comunidades Intermunicipais.
Teresa Vivas sublinhou que esta vai ser “a primeira rede” de restaurantes portugueses a nível mundial e que, por enquanto, estão a “angariar potenciais restaurantes que se queiram inscrever na rede”, sendo um dos eventuais candidatos o Comme à Lisbonne – Tasca, aberto há seis anos.
“Esta rede o que tem de especial? Para já a promoção toda que nós vamos fazer. Depois, uma relação privilegiada a um núcleo de fornecedores que nós pretendemos que estejam disponíveis para conseguir trazer os produtos rapidamente onde eles são necessários. E depois para todo o apoio em termos de cultura e de oportunidades de comunicação”, acrescentou Teresa Vivas.
Numa primeira fase, o programa vai identificar restaurantes em cinco países – França, Espanha, Alemanha, Reino Unido e Brasil – para serem membros do Taste Portugal e atribuir-lhes uma placa e um certificado do ‘Clube Taste Portugal’. Para o ano, o objetivo é alargar-se à América do Norte e outros países da Europa.
No Taste Portugal vai também haver uma plataforma digital com uma georreferenciação de todos os restaurantes, um receituário de 120 pratos que vão ter o aval de “12 mestres da gastronomia” portuguesa e um catálogo de produtos regionais.
Para “validar a portugalidade do que está a ser servido”, na apresentação da rede esteve o chef Rui Silvestre, detentor de uma estrela Michelin no Restaurante Bom Bon, para quem a gastronomia é uma das bandeiras de Portugal, a par de Cristiano Ronaldo – ainda que o bacalhau à Braz seja “mais histórico” do que o jogador, brincou o ‘chef’.
“Eu acho que é importantíssimo e que vem em muito boa hora. Criar uma rede para a promoção da gastronomia nacional a nível europeu é importantíssimo, é a base da nossa cultura, é um dos segredos mais bem guardados da nossa história e penso que isto vai realmente trazer muita gente ao nosso país ou, pelo menos, vai despertar a curiosidade das pessoas em visitarem-nos”, concluiu o chef.
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