O ministro português dos Negócios Estrangeiros defendeu na passada segunda feira, dia 6, como «grande objetivo» para 2020 «manter o ritmo do crescimento económico», vincando que volta a exigir a mobilização de todo o Ministério que tutela para a internacionalização da economia.
«Temos um grande objetivo para 2020, manter o ritmo do crescimento económico em Portugal e, portanto, a convergência, crescer mais que média europeia”, definiu Augusto Santos Silva, na abertura do Seminário Diplomático que reúne anualmente, em Lisboa, os embaixadores portugueses para debaterem as prioridades da política externa portuguesa.
O chefe da diplomacia portuguesa prosseguiu afirmando que, embora o MNE tenha vindo a desempenhar um papel decisivo no aumento das exportações e do investimento, «as atuais incertezas do cenário internacional» representam dificuldades adicionais que «exigem uma ação de todo o Ministério».
«Em 2020, a consciência de que todos estamos convocados para a internacionalização da economia é mais forte do que nunca, tendo em conta incertezas contexto internacional», disse.
O ministro definiu como peça central dessa ação o programa Internacionalizar, que entre 2017 e 2019 que, disse, «tudo leva a crer» tenha permitido bater o recorde de exportações, ultrapassando os 90 mil milhões de euros, e na captação de investimento estrangeiro, que, «pelo segundo ano consecutivo, ficou acima dos mil milhões de euros».
Sobre o novo programa, o Internacionalizar 2030, Santos Silva frisou a forma como «se articula com todos os outros [programas] com impacto económico», a que deve o nome, «nos serviços internos”, de “aranhiço”, ou seja, “um ‘pivot’ que articula todas as ações de internacionalização da economia».
O ministro deu como exemplo a articulação com o Pacto Global das Migrações, que vai permitir o desenvolvimento de pactos laborais para fluxos migratórios devidamente organizados, mas também com o apoio ao investimento dos emigrantes portugueses, a nova lógica da cooperação com países em desenvolvimento ou a participação nos acordos comerciais que a União Europeia (UE) subscreve com terceiros, como o Canadá, o Japão ou Mercosul, de que Portugal é «beneficiário líquido direto».
Para Santos Silva, grandes iniciativas vão marcar 2020 em matéria do «papel e [da] presença de Portugal no mundo», como a Conferência da ONU sobre Oceanos, em Lisboa, «mais um passo numa estratégia que faz de Portugal um dos países lideres mundiais em matéria dos oceanos», a primeira edição do Dia Mundial da Língua Portuguesa, a 5 de maio.
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