É com caráter de urgência que a Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) solicita ao Presidente da República que receba os seus representantes, de forma a expor a «situação muito complicada» do setor. A APSTE considera mesmo que Marcelo Rebelo de Sousa é a «voz que resta», perante a falta de respostas do atual elenco governativo.
«Porque o senhor Presidente da República é a voz que nos resta, é aquele a quem nos falta recorrer depois de todas as portas fechadas, porque confiamos no seu humanismo e no seu compromisso para com todos os portugueses e portuguesas, vimos por este meio solicitar uma audiência com caráter de urgência, que nos receba para que lhe possamos descrever condignamente o real estado do setor e partilhar quais as medidas que consideramos fundamentais para garantir a sobrevivência das nossas empresas», lê-se numa carta enviada a Marcelo Rebelo de Sousa.
Segundo a associação, trata-se de «um grito de mais de um milhar de postos de trabalho, um grito de profissionais que querem trabalhar, mas que sabem que a retoma não pode ser realizada de forma apressada, ao mesmo tempo que não têm à vista qualquer solução da parte de nenhuma instituição estatal para o grave problema de liquidez que enfrentam».
«A nossa situação é desesperante», sustenta, apontando «quebras de atividade na ordem dos 80%» devido à crise gerada pela pandemia de covid-19 e adiantando que, se “93% das empresas associadas não despediram até à data», o facto é que «60% recorreram ao ‘lay-off’ e 56% não têm dinheiro para pagar os salários de agosto e setembro».
Após ter promovido no passado dia 11 uma ação de sensibilização e protesto em Lisboa, depositando no Terreiro do Paço as ‘flight cases’ (onde normalmente transportam o equipamento com que trabalham) e permanecendo em silêncio no local durante duas horas, as empresas do setor dizem «não ter tido respostas efetivas da parte do Governo» e receiam «cair no silêncio para sempre».
«Queremos ser parte da reabertura do país, queremos dar tudo o que temos para que economia avance, queremos estar na linha da frente a iluminar os grandes e pequenos eventos e proporcionar a alegria daqueles que a eles assistem», sustentam.
Salientando que «um dia tudo será como já foi e as empresas deste setor precisarão de voltar a fazer acontecer» e de «contribuir para valorizar a marca Portugal além-fronteiras», a APSTE escreve na missiva: «Um dia voltará a ser necessário iluminar os palcos, os congressos, os estádios, os eventos. Temos como mote a frase ‘Estivemos sempre presentes!’, por isso, senhor Presidente da República, apelamos que nos ajude a poder dizer nesse dia – o da retoma em pleno – ‘Estamos aqui novamente e estaremos sempre!’».
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