‘Simão Balalão’, da autoria da escritora Olinda Beja, foi lançado na UCCLA, no passado dia 26 de janeiro.
Uma história infantil, de sonhos e de procuras, de um menino que vive numa ilha o “Simão Balalão”, da autoria da escritora Olinda Beja, foi lançado na UCCLA.
Com a chancela da Editorial Novembro, o livro infantil “Simão Balalão” da escritora Olinda Beja foi apresentado pela poetisa Regina Correia e pelo fotógrafo e retratista José António Chambel, na sede da UCCLA, em Lisboa. Um ambiente acolhedor, onde não faltou música e dança a cargo de Filipe Santo.
A obra conta é a história de Simão Balalão, o menino ilhéu que tinha no peito o sonho de partir em busca de outros horizontes. Após algumas aventuras mal sucedidas Simão dá conta que só os conselhos da mãe o podem ajudar e finalmente descobre que “a nossa terra é a nossa terra” ou como se diz na língua de São Tomé “tela non sa tela non”.
Numa declaração pessoal e sentida, a poetisa Regina Correia afirmou que ao falar de Olinda Beja sente «um cruzamento inevitável e perfeito entre o seu percurso biográfico e todo o tecido poético ou ficcional de sua autoria» para nos dar a conhecer a vida da «menina com pele cor de canela que nasceu certo dia, em 1946, Guadalupe, na ilha-mãe de São Tomé».
«Muito grata, querida mana Olinda Beja, por me permitires “viajar” contigo ao reino de nossa infância africana, mais ou menos similar, em desenraizamento e amor eterno à terra. Parabéns, por mais este livro tão belo! Nele, a criança que nos habita, encontrará, certamente, o sentido dessa “pedra filosofal” que a cada um de nós está reservada, do sopé ao topo da montanha existencial…» finalizou.
Vítor Ramalho, secretário-Geral da UCCLA, que não pode estar presente, enviou uma mensagem a Olinda Beja que foi lida durante a apresentação. Na carta, Vítor Ramalho o seu respeito pela cidadã e escritora, «que tão invulgarmente respira a alma que cruza as culturas dos povos de língua oficial portuguesa. Sendo uma exímia contadora de estórias, comprovada pela sua vasta obra que está traduzida em muitos países, é ainda uma excelente declamadora, como se pode confirmar pela sonoridade da voz doce que tem ao declamar. Olinda beja é uma verdadeira mulher de literatura e nesta, da língua portuguesa, que tanto e tão bem tem enriquecido. Bem-haja, minha querida e boa amiga. Desejo-lhe muito sucesso para mais esta obra e sinto-me gratificado por a apresentar na UCCLA».
Biografia de Olinda Beja
Olinda Beja é poeta e narradora de São Tomé e Príncipe. Porém, com apenas dois anos e meio, saiu de seu país e foi viver em Portugal. Sendo tão pequena, não foi responsável pela mudança de território e muito menos pela história que lhe foi sequestrada. Sua poética traz as marcas dessa vivência e as tentativas de reconstruir, ou construir ao seu modo, a identidade. Ao mesmo tempo, a escritora celebra, na tensão entre os dois mundos, África e Europa, a festa da mestiçagem e o encontro de culturas. Olinda Beja venceu em 2013 o maior prêmio literário de São Tomé e Príncipe, o Francisco José Tenreiro, pela obra “A Sombra do Ocá”. É esta a inquietante e também dramática biografia de Olinda Beja.” – Texto de Estella Viana, jornalista brasileira ao serviço da RTE – Feira do Livro/Madrid/junho 2017.
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