“Creio que temos de fazer nestes dias um esforço muito grande para conter o alastramento do vírus, exatamente para podermos salvar o Natal”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros.
O ministro dos Negócios Estrangeiros disse esta quarta-feira que é necessário “um esforço muito grande” para travar a propagação do coronavírus “para salvar o Natal” das famílias dos cerca de cinco milhões de portugueses e lusodescendentes no estrangeiro.
Augusto Santos Silva falava na comissão parlamentar de Assuntos Europeus e, quando questionado sobre a eventualidade de novas restrições às viagens internacionais devido ao atual agravamento da situação epidemiológica, tendo sido evocar designadamente o habitual fluxo de portugueses no estrangeiro para se reunirem com as famílias em Portugal na época do Natal, respondeu: “Creio que temos de fazer nestes dias um esforço muito grande para conter o alastramento do vírus exatamente para podermos salvar o Natal”.
Frisando não querer imprimir um “tom dramático” à expressão, Santos Silva explicou que, sendo o Natal “uma ocasião muito importante de reunião familiar”, em Portugal ela envolve potencialmente as famílias de 2,3 milhões de portugueses residentes no estrangeiro, número que ascende a cinco milhões quando se contam também os que já nasceram fora do país.
“É muito importante que na Europa consigamos conter o vírus de forma a preservarmos esse bem maior que é a mobilidade intraeuropeia”, disse Santos Silva, acrescentando que, para fora da Europa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros continua “a desaconselhar vivamente viagens não essenciais”, “designadamente para países fora da UE e países sem representação diplomática portuguesa”.
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