Os trabalhadores da CGD em França pediram uma audiência urgente à Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.
Os trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em França, a cumprir a sua oitava semana de greve, enviaram, no dia 4 de junho, um pedido de audiência urgente à Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.
«O nome de Portugal e a presença do banco público junto da comunidade portuguesa justificam o pedido de uma audiência urgente para apresentarmos a verdadeira situação da Caixa Geral de Depósitos em França e as soluções que urge adotar», refere a carta com o pedido assinada por Cristina Semblano, em representação dos sindicatos maioritários da CGD França e da comissão de negociação.
«O que se tem passado na sucursal de França da CGD envergonha os seus trabalhadores, os seus clientes, a comunidade portuguesa em geral e dá uma péssima imagem do nosso país nesta praça, numa época chave para o financiamento dos investimentos de não residentes em Portugal», adianta.
Segundo o Dinheiro Vivo, os trabalhadores da sucursal francesa do banco público pedem o acesso ao plano de reestruturação da Caixa que foi assinado em 2016 pelo Governo e a Comissão Europeia, no âmbito do processo de recapitalização de 5.000 milhões de euros da CGD.
O plano até 2020 envolve a vende de ativos internacionais, como a sucursal em França, e o despedimento de mais de 2.000 trabalhadores no grupo.
«A luta dos trabalhadores prende-se com a acelerada degradação das condições laborais nos últimos anos e questões de ordem salarial, mas, e não menos importante, com a necessidade de escrutínio de uma gestão danosa da unidade em França», diz a carta.
Alegam que «esta gestão danosa traduziu-se em vultuosas despesas associadas a projetos que, sob pretexto de modernizar a sucursal, provocaram, na realidade, uma degradação das condições laborais com impacto na saúde física e mental dos trabalhadores, a par de uma deterioração acentuada do serviço prestado à comunidade portuguesa».
Há oito dias, os trabalhadores da CGD em França pediram uma audiência ao Presidente da República, mas Marcelo Rebelo de Sousa ainda não respondeu ao pedido.
Foto em destaque ©Global Notícias
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