
Nestes conturbados tempos de pandemia o vírus veio agudizar a nossa solidão e, preocupados com a saúde mental, há governos que têm iniciativas como a “bolha de apoio” ou “companheiro de mimos” que juntam pessoas ou famílias que se apoiam durante o confinamento.
Por cá, percebemos no primeiro confinamento que muitos se organizaram para apoiar os que não podiam sair de casa, os mais velhos, fazendo-lhes as compras e confortando-os na sua solidão, por exemplo. Por cá, percebemos que os vizinhos podem ser solidários se tivermos sido apanhados pelo vírus.
Já há famílias a organizarem-se para um Natal diferente. Um Natal mais improvisado, porque ninguém sabe o que vai acontecer. Um Natal com sofrimento, pelas mortes provocadas pela Covid-19, mas não só. Um Natal sob o signo do isolamento que afeta bastante a dinâmica familiar, as empresas, a economia e a sociedade em geral.
Estado de emergência com contactos limitados ao “mínimo indispensável” e celebrações até seis pessoas são as novas regras de um Decreto publicado pelo Governo em Diário da República, sendo um dos seus objetivos, o combater a dispersão legislativa.
O decreto que regulamenta o novo estado de emergência e prevê, no que toca a eventos e celebrações, um número máximo de seis pessoas. Não obstante, no documento poder ler-se que “no momento atual, os contactos entre pessoas”, bem “como as suas deslocações, devem limitar-se ao mínimo indispensável”.
Em 2021 prevê-se um cenário relativamente positivo com a recuperação da economia, dependente da evolução da situação pandémica, assim como o avizinhar de uma vacina para combater a Covid-19, que, seguramente, vai produzir efeitos benéficos na sociedade.
Porém nada está garantido e é óbvio que o Governo tem de dar um sinal positivo para acalentar as esperanças da população, com sentido político positivo, mas não descuidando também as devidas cautelas.
A estabilização económica, a manutenção das condições de vida da população, o alargamento da procura interna e a integração no grande ciclo da economia nacional, são os grandes objetivos que o Governo deve ter em conta para o setor económico e financeiro em 2021.
Pelas circunstâncias impostas pela pandemia, preparemo-nos para passar um Natal atípico, por decreto e preferencialmente sem contágios.
A todos os Leitores desejamos o melhor Natal possível e um ano de 2021 com saúde e felicidades.
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