Sérgio Fonseca, nascido há 53 anos em Lorvão, no concelho de Penacova, é supervisor de saúde num hospital de grandes dimensões. Antes de aterrar em solo londrino, viu o serviço nacional de saúde britânico perder o seu processo de candidatura de emprego.
“Há uns anos tive uma experiência de seis meses no Brasil, na área cultural, que não foi boa de maneira nenhuma. Porém, quando regressei a Portugal, tinha, através do IEFP, um convite para trabalhar em Inglaterra, na área da saúde, que correspondia ao meu perfil de trabalho.
Assim, tratei de todos os documentos necessários, enviei a candidatura e passado 15 dias chamaram-me para uma entrevista no IEFP do Porto. A entrevista correu bem e fui bem-sucedido. Só tinha que aguardar comunicação para me dirigir a Londres para prestar provas de língua inglesa, como era exigido para as funções.
Três semanas depois, em dezembro de 2016, dirigi-me a Londres, a um dos serviços de recursos humanos da NHS, o serviço nacional de saúde, onde realizei as provas de Inglês. Regressei a Portugal para aguardar os resultados finais, só que acabaram por passar-se o Natal e o Ano Novo, e nunca mais chegavam. Acabaram por não aparecer, pois tinham sido perdidos.
Ligava para o serviço de recursos humanos e diziam que o meu processo
não aparecia, o que eu achava muito estranho. Desanimei e pus de parte a ideia de ir trabalhar para Inglaterra para aquela área, que eu achava bastante interessante e atraente.
Já completamente desiludido, passado alguns meses eis que no dia do meu aniversário, 5 de abril, não podia ter recebido melhor prenda, uma comunicação final e concisa sobre o meu processo. Tinha sido colocado e teria que apresentar-me a 5 de maio.
Assim foi, nesse dia de 2014 cheguei a Londres, onde me comunicaram o meu lugar e as minhas funções. Fui colocado na província de CotsWold, mais propriamente na cidade de Cheltenham. Fiz um curso intensivo de formação e comecei a trabalhar como Supervisor de Assistentes de Saúde.
Continuei sempre a estudar e a trabalhar, até que passado um ano e alguns meses pedi transferência para o segundo maior hospital de Londres, o Hospital de St. Mary, onde tenho desempenhado as mesmas funções.
O primeiro meio ano foi difícil, mas nada que não se pudesse superar. Desde o inicio sempre me senti bem acolhido por todos os profissionais, colegas e superiores. Como nós, portugueses, somos bons trabalhadores e responsáveis, há um ano surgiu a hipótese de frequentar um curso para general managers, que estou a fazer com muito gosto, para poder subir na carreira.”
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