O Bio-Radar está a ser desenvolvido para através de ondas rádio, registar a decímetros de distância das pessoas a frequência respiratória humana.
A Universidade de Aveiro está a desenvolver um radar capaz de substituir sensores no peito e outros métodos usados para medir o ritmo respiratório. Um grupo de investigadores da instituição criou o protótipo que denomina como Bio-Radar, e o qual, através de ondas rádio, permite registar sem contacto mecânico a frequência respiratória.
Mas além, disso segundo um comunicado, está a abrir caminho portas para a medição e registo de outros sinais vitais humanos por ondas de rádio: o objetivo é que dentro em breve também possa aferir o ritmo cardíaco.
O projeto nasce de uma colaboração entre o Instituto de Engenharia Eletrónica e Telemática de Aveiro (IEETA) e o Instituto de Telecomunicações de Aveiro. Desenvolvido por Daniel Malafaia, José Vieira, Ana Tomé, Pedro Pinho e pela aluna de mestrado Carolina Gouveia, o sistema funciona através do envio de uma onda rádio que é refletida pelo tórax do paciente.
O eco recebido pelo radar permite monitorizar os sinais vitais. “Sendo possível determinar distâncias através da reflexão de sinais rádio, é possível ao Bio-Radar detetar pequenos movimentos do peito que são consequência da inspiração e expiração e, a partir daí, registar o ritmo respiratório. O mesmo sucede com o batimento cardíaco, de acordo com um comunicado.
“Os períodos de sístole e de diástole do coração criam pequenos movimentos no peito que podem ser medidos pelo sistema e, a partir daí, obter o ritmo do batimento cardíaco”, explicam os investigadores.
Os investigadores acreditam que são inúmeras as possibilidades de utilização do Bio-Radar graças à característica não invasiva do sistema. Uma hipótese é que seja usada “dentro de carros para medir o nível de stress ou descontração de um condutor ou até detetar se o mesmo está perto de adormecer ao volante”.
Juntamente com o NeuroLab da Universidade de Aveiro, os investigadores estão a avaliar também a possibilidade de o sistema ser utilizado para análise psicofisiológica e de avaliação da credibilidade de depoimentos. O facto d serem usadas ondas rádio para obter os bio sinais, sublinham os investigadores da UA, “possibilita também que o equipamento fique de atrás de obstáculos opacos permitindo a implementação do mesmo em objetos do dia-a- dia”.
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