Detidos roubaram produtos de primeira necessidade em saque a sucursal de uma cadeia de supermercados pertencente a emigrantes portugueses na Venezuela.
Mais de 50 pessoas foram detidas pelas autoridades venezuelanas quando saqueavam uma sucursal da rede de supermercados Central Madeirense, propriedade de portugueses radicados na Venezuela.
O saque aconteceu entre a tarde e a noite de domingo, no Centro Comercial La Pirâmide, em Prados del Este, Baruta, a sudeste de Caracas, explicaram à agência Lusa residentes naquela localidade.
As detenções foram realizadas por oficiais da Polícia Municipal de Baruta, numa operação em que funcionários da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar) usaram gás lacrimogéneo para travar o saque total do estabelecimento.
Vários dos detidos levaram produtos de primeira necessidade do interior do supermercado.
O saque foi feito por residentes do vizinho bairro de Santa Cruz del Este, cujos familiares, ao terem conhecimento da presença da polícia, acudiram ao local para reclamar pelas detenções, enquanto tentavam obter informações.
Várias fontes dão conta de que os familiares dos detidos tentaram justificar o saque, queixando-se à polícia de que estavam sem energia elétrica desde a última quinta-feira e que não tinham alimentos em casa.
A Venezuela está às escuras desde a última quinta-feira, na sequência de uma avaria na central hidroelétrica de El Guri, a principal do país, que afetou ainda dois sistemas secundários e a linha central de transmissão. Em Caracas, a eletricidade está a chegar a vários bairros, mas de forma intermitente. O apagão afetou as comunicações fixas e móveis, os terminais de pagamentos e o acesso à Internet.
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