Notícias Sociedade

Polícia detém outro suspeito de participar na morte de Marielle Franco

Ex-bombeiro é preso no Rio de Janeiro por suposta participação no homicídio de ex-vereadora e ativista

A Polícia Federal brasileira prendeu nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro, um ex-bombeiro suspeito de ter participado no homicídio da ex-vereadora e ativista Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O crime ocorreu em março de 2018 e causou grande comoção nacional. Segundo fontes oficiais, o detido é Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel.

Suspeito já cumpria pena e tinha sido preso anteriormente

O ex-bombeiro encontra-se a cumprir uma pena de quatro anos de prisão, em regime domiciliário, a que foi condenado em 2021 por obstruir as investigações. Ele havia sido detido em 2020, mas acabou solto após algum tempo. As investigações apontaram que Suel era o proprietário do veículo que servia para guardar as armas do ex-agente policial Ronnie Lessa, também envolvido no caso.

Crime com motivações políticas chocou o país

Marielle Franco era vereadora pelo PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) e ficou conhecida pela sua luta pelos direitos humanos e contra a violência policial nas comunidades do Rio de Janeiro. A sua morte gerou uma série de manifestações pelo Brasil e pelo mundo, exigindo justiça e apuração das responsabilidades pelo crime.

Outros suspeitos envolvidos no caso

Além de Suel, o ex-policial militar Élcio de Queiroz e o ex-PM Ronnie Lessa já foram presos, acusados de serem os executores do crime. Lessa teria sido o autor dos disparos que vitimaram Marielle e Anderson, enquanto Queiroz conduzia o veículo usado na ação. Ambos negam envolvimento no caso.

Leia também:  Neymar multado em três milhões de euros por crimes ambientais no Brasil

Investigações ainda em curso e clamor por justiça

Apesar das prisões efetuadas, as investigações prosseguem no sentido de apurar todos os envolvidos no caso e se há outros culpados ou mandantes por trás do crime. A sociedade brasileira continua a clamar por justiça e celeridade na resolução do caso de Marielle Franco, uma vez que este representou um ataque à democracia e aos direitos humanos.

O legado de Marielle Franco

Mesmo após sua morte, o nome de Marielle Franco segue sendo lembrado e homenageado em diversas instâncias. A vereadora sempre defendeu bandeiras importantes, como:

  • Luta contra a violência policial;
  • Defesa dos direitos humanos;
  • Combate ao racismo e à discriminação;
  • Valorização das comunidades e favelas do Rio de Janeiro;
  • Políticas públicas voltadas para as mulheres, em especial as negras e LGBTs.

Seu assassinato trouxe à tona a fragilidade da democracia brasileira, mostrando como vozes dissidentes podem ser silenciadas através da violência. A luta por justiça para Marielle transcende o caso em si e torna-se uma bandeira de resistência e defesa dos direitos humanos no Brasil.

Fontes

  • https://observador.pt/2023/07/24/policia-detem-outro-suspeito-de-participar-na-morte-de-marielle-franco/
  • https://recordeuropa.com/noticias/mundo/bebe-resgatado-de-carro-trancado-em-dia-de-calor-24-07-2023-149515