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Gestor demitiu-se da TAP por falta de seguro e contrato público

João Weber Gameiro renuncia ao cargo após três meses por discordância com as condições de trabalho

João Weber Gameiro, gestor que esteve à frente da TAP por apenas três meses, renunciou ao cargo em outubro de 2021 alegando “motivos pessoais imprevisíveis”, conforme anunciado na época pelos ministros Pedro Nuno Santos e João Leão. No entanto, descobriu-se agora, em maio de 2023, que sua renúncia teve uma justificativa profissional: a discordância de Weber Gameiro com suas condições de trabalho, desde logo a não existência de um contrato de gestão para o exercício de funções de gestor público, e de um seguro para gestores com capital suficiente.

Audição esclarece motivos da renúncia

Na sua audição realizada na quinta-feira, 25 de maio, Weber Gameiro defendeu que sua decisão de deixar a empresa foi baseada na falta de garantias relativas às condições de trabalho e responsabilidades inerentes à função de gestor público. O ex-gestor da TAP manifestou preocupação com a inexistência de um contrato específico de gestão pública e de um seguro adequado aos desafios do cargo, considerando estas ausências como fatores que impossibilitavam o desenvolvimento pleno de suas atividades na companhia aérea portuguesa.

Impacto da saída de João Weber Gameiro

A saída de Weber Gameiro da TAP trouxe à tona questões importantes sobre as condições de trabalho e a segurança dos gestores públicos que atuam no setor. A necessidade de um contrato de gestão específico e um seguro adequado torna-se ainda mais relevante num contexto em que a pandemia de COVID-19 afetou severamente o setor da aviação, colocando sob pressão as finanças e os recursos humanos das empresas do ramo.

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Principais desafios enfrentados pelos gestores públicos do setor aéreo

  • Falta de contratos específicos de gestão pública: muitos profissionais não têm garantias contratuais claras quanto às suas responsabilidades e direitos enquanto gestores públicos, gerando insegurança e dificuldades na tomada de decisões.
  • Ausência de seguros adequados aos desafios do cargo: a complexidade e os riscos envolvidos na gestão de companhias aéreas exigem proteções financeiras robustas para gestores, algo que nem sempre é oferecido pelas empresas do setor.
  • Impacto da pandemia de COVID-19: a crise sanitária global afetou profundamente o setor da aviação, levando ao fechamento de rotas, cancelamentos de voos e demissões em massa, aumentando a responsabilidade e a carga de trabalho dos gestores.

Possíveis soluções para melhorar as condições de trabalho

Diante das preocupações levantadas por João Weber Gameiro e outros profissionais do setor, é fundamental que o governo e as empresas de aviação busquem soluções para melhorar as condições de trabalho dos gestores públicos. Entre as medidas possíveis, destacam-se:

  • Elaboração de contratos específicos de gestão pública: oferecer garantias contratuais claras e detalhadas a respeito das responsabilidades e direitos dos profissionais enquanto gestores públicos;
  • Disponibilização de seguros adequados aos desafios do cargo: buscar parcerias com seguradoras para viabilizar apólices que cubram os riscos inerentes à função de gestor público no setor da aviação;
  • Apoio aos gestores na tomada de decisões difíceis: promover a colaboração entre as partes interessadas (governo, empresas e sindicatos) para auxiliar os gestores na implementação de estratégias e políticas necessárias para enfrentar a crise.

Atenção às demandas dos profissionais

É imprescindível que as autoridades competentes e as empresas do setor aéreo estejam atentas às demandas e preocupações dos gestores públicos, considerando seu papel fundamental na condução das companhias aéreas em meio aos desafios impostos pela pandemia e outros fatores externos. O caso de João Weber Gameiro serve como um alerta sobre a importância de garantir um ambiente de trabalho seguro e eficiente para os profissionais que gerenciam empresas estratégicas para o desenvolvimento econômico e social do país.

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Fontes

  • https://expresso.pt/economia/transportes/2023-05-25-Gestor-demitiu-se-da-TAP-porque-nao-tinha-seguro-e-contrato-publico-Pedro-Nuno-e-Leao-invocaram-razoes-pessoais-d8fbae96